Tópico: ETIQUETA NO KARATE

[A. HIGINO]

OSS, Pedro Sensei...

Excelente método!
Digno de uma citação do sábio Confúcio:
"Trate um homem como ele é e ele continuará sendo o que é. Trate-o como ele deveria ser e ele certamente se modificará e se transformará naquilo que deveria e poderia ser."

"Entre guerreiros a linguagem deve ser polida e culta para que não haja má interpretação do dito, evitando assim envolver-se em questões de vida e morte." (A. Higino)

OSS...

[akev]

A verdadeira cortesia é pensar no outro, antes de pensar em si mesmo.


Oss...

[Pedro]

Olá!
Uma das principais atitudes do Karateca deve ser a etiqueta, porém dentro dela
encontra-se o "respeito".
Uma atitude falsa de respeito, fica invisível, enquanto um sentimento respeitoso torna-se visível.
Oss
Pedro

[Vinteedois]

esse tópico aqui ficou foi é muito gay...

Tá um papo cabeça demais pra minha vã filosofia...

Definitivamente Passo.

Pensei que isso aqui ia tomar outro rumo... e não esses lero-lero todo.
com todo respeito, a quem pense diferente.

[Pedro]

Olá!
Vai se $%&! 22.
Oss
Pedro

[Vinteedois]

Eu sabia! eu sabia!!
 

[sandraherbst]

Oss Pedro Sempai,

Vou comprar o livro.
Vamos iniciar a biblioteca da Mushin ?
Que tal marcarmos, com o pessoal interessado, uma vez por mês um encontro para falar sobre Karatê, filosofia & história ?
Me afastei durante um tempo e encontrei o Karatê e os karatecas muito divididos, fiquei muito triste.
Gostaria que reuníssemos os interessados em torno do Karatê.
Acredito que para amar é preciso conhecer, para conhecer não basta treinar katá, fazer kihon ou kumitê tem que saber também a história, a filosofia e a etiqueta que compõem esta arte marcial.
Vamos ressucitar os treinos com filosofia & história.
 

[Vinteedois]

Já que já tem campeonato de kata e de kumite, e atletas só de kata ou só de kumite, pode estar surgindo aí mais uma modalidade de competição e de atleta:
a dos filósofos! hehehe

brincadeira.. brincadeira...

Mas eu acho só que isso aí, essas coisas de "pegar" filosofia da arte e tal, surge naturalmente com o tempo, ao longo das aulas práticas e principalmente na base da porrada...
vai apanhando e vai ficando humilde, vai apanhando e vai prestando mais atenção, ficando mais respeitoso...

Eu tenho uma teoria que é a seguinte: karateca que não apanha, tende a ser abusado.
Tem que ter alguém mais forte e/ou mais técnico que ele  pra dar-lhe umas porradas.

tendo isso, tudo se resolve... e as filosofias vÊm naturalmente.

[sandraherbst]

OL� 22,
Nada tenho contra os práticos. Pelo visto você deve ser um.
A pergunta que não quer calar é...
Você considera que o fato de ter apanhado bastante deve tê-lo feito (com relação a não apanhar):
A( ) correr mais e melhor que outros lutadores
B( ) contar uma piada engraçada para fugir enquanto o adversário morre de tanto rir
C( ) fazer musculação e tomar bomba para ver se seu oponente se impressiona com músculos inchados de baixa potência
D( ) apelar para um livro de técnicas (Nakayama escreveu alguns ), táticas e também filosofia que o ajudaria muito a compreender seu oponente para não lançar dos métodos anteriores bastante humilhantes para qualquer karateca.
Oss
Sandra
PS.: Tem alguns livros, tipo o corpo fala e de linguagem corporal que também podem ser muito úteis nesta hora, mas pela sua "filosofia", talvez seja mais benéfico o endereço de Ortopedistas, Dentistas e planos de saúde com cobertura total.
Boa sorte 

[RicardoCosta]

Etiqueta, cortesia, respeito são realidades que estão inerentes ao espírito de um budoka.

Quando o Karatê perde a sua essência de budô, perde, consequentemente, a etiqueta....

OSS

[sandraherbst]

Oss
Foi com todo o respeito que perguntei ao 22.
Gosto sempre de entender as teorias das novas práticas.
No judô vc primeiro aprende a cair, depois a não cair e em seguida os travamentos e a derrubar.
Desde que treino karatê minha filosofia é a de não apanhar .
Gostaria de compreender a base teórica da prática "Seja Surrado Enquanto Aprende" .
Apanhando se aprende a não "encarar alguém mais forte, mais rápido ou mais técnico" e vai ficando "mais esperto", "mais humilde", "menos arrogante" ?
Sei não !
Oss
Sandra

[Vinteedois]

Qualquer  hora dessas, eu explico minha teoria, usando por base a minha experiência, o que eu vi e vivi nesse pouco tempo de karate que eu tenho...

não é muita coisa que tem pra escrever, mas é preciso parar e escrever com muita calma e cuidado e esse pouco que precisa ser escrito, explicado.
E você certamente irá compreender o que eu tô dizendo.. pode até não aceitar, não concordar, mas certamente irá entender... pois pelas suas palavras é obvio que você não entendeu o que eu quis dizer.. e não adiantaria nada eu sair escrevendo a moda bangu o que eu penso, pois só iria gerar mais confusão, mais dúvidas...
eu vou explicar, depois,.. eu vou explicar!
até!

[Lourival Silva]

Oi Sandra,

Vc tocou em um ponto que acho interessante.
Até hoje nos locais / estilos que tenho treinado a enfase dos treinamentos sempre foi dada aos ataques. Treinamos movimentos de defesa nos kihons mas não é  com a mesma enfase e importancia. Só tive um professor que se importava com as esquivas mesmo assim eram bem básicas.
No geral é + ou - isso mesmo: Aprende-se alguns movimentos de defesa e na hora do vamos ver fica na base do "se vira nos 30", só os mais ariscos e bem condicionados se saem bem.
Não concordo muito com este tipo de coisa e porisso tenho procurado materiais didaticos que trazem este tipo de assunto para treinar fora das aulas. Treinar defesa / esquivas sem alguem pra simular os ataques é bastante complicado - mesmo assim estou tentando.
Até pensei em comentar com o sensei sobre isso, mas fico com receio de passar a má impressão de estar questionando o método de ensino e a coisa ficar ruim entre nós...
Isto levanta bastante polemica. Existe a frase que diz "A melhor defesa é o ataque.". Porem gosto do ataque que nasce a partir de uma defesa / esquiva, me parece mas eficiente. Um contra ataque bem executado desmotiva bastante a opressão.

OSS

[RicardoCosta]

Quanto a respeito no Dôjo o que aprendi com meu Sensei e Sempais foi:

1. Se levar um golpe que te machucou muito, volte no dia seguinte para treinar, depois pode até descansar, mas no dia seguinte tem que voltar e treinar, se não será vencido pelo medo.
2. Seja sempre honesto. Se levou é porque não estava realmente atento, ou porque foi acidental. No primeiro caso, faça mais mukuso, no segundo, acolha o golpe com humildade. Sempre entre com kime, controlado, mas com kime, se não estará mentindo para seu companheiro.
3. Se for acertado pelo sensei ou sempai, nunca revide.
4. Se foi acertado por maldade de colegas de treino (mesmo que mais graduados, quando está, por exemplo em um treino em um curso ou coisa semelhante) devolva para restabelecer a harmonia.
5. Treine sempre forte, mas com dignidade e respeito pelo seu companheiro, sem a intenção de machucá-lo, pois precisarão um do outro para treinar no dia seguinte.
6. Se você acertar seu sensei, ou sempai, espere receber de volta.

Não há virtude alguma em aprender apanhando o tempo todo, não há virtude alguma por ser um faixa preta em ficar batendo em faixas menores. O verdadeiro faixa preta é aquele que sabe ter a força de um faixa branca com um faixa branca, de um faixa verde com um faixa verde e de um faixa preta com um faixa preta.

Quanto a questão proposta pela Sandra de se estudar a teoria e história da arte, penso que tem seu lugar, mas devemos nos lembrar que karatê é acima de tudo prática. Tem uma hora que precisa parar de ficar lendo e ouvindo o que os mestres dizem, e começar a testar o seu próprio karatê. Este é um conselho de Asai Sensei,

OSS

[Vinteedois]

bem, vamos lá...
não pretendia escrever nada disso agora, mas vocês tão viajando muito e ignorando e/ou deturpando completamente o que eu to falando, então não me resta outra alternativa a  não ser me pronunciar.

Primeiramente: vocês leram o tópico desde o ínicio?
Segundamente: vocês entenderam a minha postagem inicial? vocês sabem do que se trata? "O filho do Pedrão"?
Terceiramente: vocês tão falando de vida real ou do "Fantástico mundo de Bob"?

eu to falando de coisas que acontecem na prática.. no dia a dia...

Filosofia do karate, na prática, é só até a segunda página.
Aquele monte de coisa que agente fala "conter espírito de agressão", "fidelidade ao verdadeiro caminho da razão", "respeitar acima de tudo", etc... vai tudo pro saco, na hora em que realmente precisarmos por em prática o nosso karate, seja numa situação de risco real.. você só vai pensar uma coisa: onde eu acerto pra finalizar esse cara, de preferência com um golpe só? TRaqueia? Testículos? joelho? Pescoço? 20 socos na cara, enquanto o desgraçado tá no chão estribuchando depois de um mae-geri? Piso na cabeça enquanto ajeito delicadamente a boca do meliante no meio-fio?

Não fique de caozinho falando besteira não.. só pense numa situação extrema, e pense no que você seria capaz de fazer, caso alguém sei lá... fizesse mal a algum filho seu, xingasse sua mãe, desrespeitasse seu culto religioso, roubasse todo o seu ordenado do mês, mandasse a sua sogra ir morar na sua casa, chutasse seu cachorro, ou simplesemente, tentasse te matar.. um ladrão, um bandido qualquer...
pense...
e me diga pra onde é que vai a filosofia do karate uma hora dessas...

Mas enfim.. quanto ao respeito.. o que eu tô falando é o seguinte:
As pessoas normalmente só respeitam quem pode lhes fazer mal.
A parte "fazer mal" tem várias formas de se interpretar, mas no final dá no mesmo.

Aí eu já vou partir pra outro princípio: o do ser humano egoísta.
Agente fica aí nessas conversas fiadas, mas no final de tudo não passamos de um monte de gente egoísta..

O maior dos apaixonados, não passa de um maior dos egoístas do mundo ( e não há nada de errado ou feio nisso.. mas é uma constatação)

quem ama quer ser amado.. e não simplesmente ama por amar... ele ama, porque quer que a pessoa do outro lado também o ame.. (talvez o amor de mãe e pai pra filho fuja dessa regra.. mas no geral é bem isso mesmo) (mas até no amor de pais e filhos, você consegue constatar o egoísmo)
Mas enfim.. vamos largar dessa viadagem de amor e egoísmo, e vamos voltar pro respeito.

Pedrão tem um bagulho aí que diz que "ninguém ensina ninguém" (um treco desse). já o vi falar isso mais de um porrilhão de vezes.

Vocês tão falando aí de respeito, de ler livro, recitar poesia, fazer curso de estilista, reunião em grupo pra discutir o dojo kun, e que uma boa conversa  e mais 10 contos você consegue qualquer coisa, que o lado espiritual do karate é isso assim assado, e que violência gera violência, e blá blá blá... blá blá blá...
Mas gente, isso aí são vocês!

Vocês são outro tipo de pessoas... vocês já são karatecas... vocês já foram forjados karatecas.
Mesmo que vocês não tenham sido espancados nem torturados em outras épocas.. vocês de algum modo aprenderam e é isso que importa...
tem gente que erra e não aprende: é burro. Tem gente que erra e aprende: Esse é inteligente. Tem gente qeu aprende com o erro dos outros: esses são sábios!

E quando eu falo que karateca que não apanha tende a ser abusado é isso mesmo.
O cara não sabe o que é tomar uma porrada.. não sabe o que é sentir o peso de um guiaku no meio dos peitos.. ou um maegueri na boca do estômago, um mawashi geri expectorante nas costas, ou um belo soco na cara, mesmo sem querer.. etc... ele acha qeu tudo é molezinha e que a vida é bela e que ele é o cara mais $%&! do mundo.
Por que? Porque nunca apanhou. Nunca enfrentou ninguém que realmente o enfrentasse, que fisesse frente. que desse trabalho...
só enfrenta molezinha, só luta com molezinha.. só pega nego pior que ele.. aí ele cresce... se acha o pica.

Aí eu falo: "tem que apanhar!" é isso... chega num treino, numa academia cheio de marra, não fala com ninguém.. o treino começa, o frente a frente, a rapaziada da academia que ele tá visitando mete a porrada nele, dálhe um coro... quando acabar a aula, ele tá abaixando a cabeça e falando "oss" até pros faixa branca.
aí ele aprende rapidinho o que é respeito.. pelo bem ou pelo mal.

aí sim, entra a filosofia do karate...

agora, chega um abusadão na minha academia, entra lá, chuta a porta, me dá uns tapas na cara, esculacha meu professor, chama todo mundo de $%&! e corno, dança o rebolation, tira meleca e cospe no chão.. eu vou fazer o que?
REcitar o Dojo kun?
Infelizmente, tem que meter a porrada...

mesma coisa é aluno...
Entra cheio de atitude, sabe tudo, conhece tudo, não cumprimenta os mais graduados, acha que os exercícios que agente passa não servem pra nada... vamos fazer o que?
Eu converso e tudo.. eu sou um cara "teórico" pra caramba.. vou dando aula e vou contando histórias (do karate, do japão, de experiências e tal), vou exemplificando, dizendo pra que serve tal golpe ou defesa, em que situações usar, etc.... mas a maioria tá cagando pra isso.
Quem gosta mais das histórias e da filosofia, são os pais que ficam assistindo.

aí chega uma hora, qeu você tem que mostrar que karate é bonito, tem muita historinha legal e tudo, mas karate também é porrada.
E aí é aquela hora que o filho chora e a mãe não ouve.
E só assim... aí o cara ou se ajeita, ou sai fora.. vai procurar outra coisa pra fazer.

Eu respeito todo mundo que me respeita. seja faixa branca, seja sem faixa, seja qualquer um.. me respeitou tem meu respeito.
E respeito também, lógico, os caras qeu são mais graduados que eu. Primeiro porque tem a obrigatoriedade, a etiqueta, o budo do karate e tal.. depois, levando pro campo mais prático: ou porque o cara pode realmente me meter a porrada, pois afinal de contas tem mais dans que eu, treina a mais tempo que eu, tem mais karate que eu (a minha integridade física, é algo que eu prezo muito)... ou porque também eu posso precisar desse cara de alguma forma (seja me ensinando alguma técnica, me dando uma moral em alguma atividade, sei lá.. posso precisar dele... aquela velha coisa do "fazer mal".. ele pode me ser útil, mas se eu zoar, eu perco um aliado.. o que já é um mal.. é sempre melhor somar).

Em resumo é isso...
Vamos discutir agora as questões que ficarem pendentes, com base nesse texto.
Notem que estou falando de uma situação específica...