Autor Tópico: Karate Competitivo?  (Lida 7179 vezes)

Neto110

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Karate Competitivo?
« Online: Julho 05, 2007, 12:47:23 »
Muitos professores de karate e mesmo a maioria dos atletas e a totalidade da mídia procuram apontar a prática do karate pelo seu lado competitivo.

Alguns professores, por motivos variados apontam que a competição é apenas parte da competição e apontam, sob críticas, a impropriedade de se identificar o karate com esta sua faceta que, dizem, nem é essencial.

Muitos, encantados pelo que vou chamar sedução da mídia, agitam-se diante desta afirmação questionando o que seria do karate sem os eventos esportivos e usam logo as Olimpíadas como exemplo, como se todos os karatekas tivessem a obrigação de lutar sem trégua para que nossa prática seja recohecida como olímpica.

Mas o que é a competição e o que ela determina?

A competição é o espírito desta nossa era. Uma triste era, porém, devemos afirmar. E afirmo que é triste porque tras consigo uma série de premissas que passo a destacar agora.

A competição é fundamentada no objetivo de ganhar do outro, ou seja, o outro é um inimigo, conta o qual se deve jogar num clima de desconfiança e rivalidade. Por causa da competição, os métodos de treinamento devem ser voltados para o alto rendimento, pois, como só há um primeiro lugar (escassez), o objetivo do jogo é superar os outros para alcançar este lugar (exclusão).

O clima do jogo competitivo é tenso e pesado, pois a vitória implica numa série de confrontações devendo o confronto ser terminado o mais rápido possível, pelo medo do outro conseguir ver nossas brechas e defeitos, nos superando através dela, ou seja, estimula, ao mesmo tempo que incentiva a busca da vitória, a insegurança de ser igualmente excluído porque todos estão dentro da mesma lógica: o outro é um obstáculo.

Não é difícil imedinar que uma vida de treino dentro desta lógica resulta em atletas com vida média curta, ansiosos por conseguir resultados e frágeis em sua auto estima quando naõ conseguem os resultados, aliás, o mais comum, porque o sucesso naõ é para todos e o importante naõ é competir, mas vencer.

Pensando assim, a prática corporal passa a ser um fator de estresse e, por isto mesmo, deixa de ser um fator protetor da psique humana para se tornar um fator determinante de sofrimento e desconforto mental.

Mas qual a opção?

Quem estuda a história da arte sabe que o propósito pelo qual a prática corporal que se tornou o karate foi criado era a defesa pessoal: contra os adversários, ele foi criado para matar, ams o bom senso grita que ele naõ era treinado matando os colegas de treino, ou seja, imaginamos que por mais duro que fossem os treinos desta atividade, ele trabalhavam as qualidades físicas dos indivíduos para que eles pudessem, em situações reais, ser usadas com a letalidade esperada.

Na história, lemos ainda que o confronto foi desestimulado pelo Mestre Funakoshi, e porque ele tinha esta idéia?

O motivo que imaginamos é que os Mestres tinham uma visão muito clara da filosofia que permeava o karate, que naõ era a filosofia competitiva (que era, a filosofia dos que os estavam dominando na época: os Estados Unidos), mas a cooperativa.

O que é a filosofia cooperativa?

A cooperação é fundamentada no objetivo de ganhar junto com o outro, ou seja, o outro é um amigo, conta o qual se deve jogar num clima de parceria e confiança. A prática cooperativa é fundamentada na troca e criatividade.

O clima do jogo coperativo é leve e ativo, e cada um percebe que sua participação é focada no seu melhor possível, que deve ser compartilhado (compartilhamento), e nãohá um sucesso individual, mas coletivo (sucesso compartilhado). O sentimento que permeia a prática é o amor e os sentimentos são a alegria e a satisfação.

Muito diferentes estas concepções. muito diferentes as consequências destas práticas, cabe ao professor de karate refletir o que ele quer ensinar para além do movimento.

Ele naõ tem a escolha de não se preocupar com isto, porque estes valores estarão implícitos em sua prática, ele sempre ele estará trabalhando por um modelo de sociedade e de ser humano, sempre estará expondo seus alunos a uma prática estressante ou ajustadora, estará fortalecendo ou não seus alunos para enfrentar a sociedade.

Referências:

LOPES, C.J - EDUCAÇÃO PARA CONVIVÊNCIA E A COOPERAÇÃO, disponível na internet em: http://www.cdof.com.br/recrea9.htm

TEIXEIRA, M. - Afinal de onde vem estes Jogos?, DISPONÍVEL NAINTERNET EM: http://www.jogoscooperativos.com.br/entendendo_os_jogos.htm

Offline Luiz

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #1 Online: Julho 05, 2007, 12:55:35 »
Neto e você defende que a escolha tem que ser extremista por um lado ou outro?

Você não concorda que pode haver um meio termo saudável?

Pro meu gosto, nem café nem leite... Pingado. :D

OSS...
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Offline Pedro

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #2 Online: Julho 05, 2007, 13:41:44 »
Olá!
Ô Luiz,nao encha o saco do Neto,café é uma coisa,leite é outra,e pingado
não é café nem leite,é outra coisa.
rsrsrs...
O texto do Neto é muito bom.
Oss!
Pedro
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Offline Clarice Malinowski

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #3 Online: Julho 05, 2007, 13:43:09 »
Sem dúvida, quando se entra na competição se está lá para superar o adversário, mas também aos nossos medos. Controlar a ansiedade, se ela houver. Controlar a agressividade domando a força dos seus golpes. controlar seu ego, descobrindo que há outras que treinam tanto como você. Desenvolver o espírito esportivo, ao saber que se hoje você perdeu, a manhã você pode ganhar. Controlar sua alegria, caso você vença, pois tu sabes que amanhã poderá perder.

É um equívoco, que na verdade revela mais de quem o diz do que do tema em discussão, considerar seu adversário um inimigo. Não, ele é adversário. Adversário se supera, inimigo, afasta-se.

Nas suas acadêmias, não há aquele ou aquela colega ou amiga com quem você eventualmente trava lutas equilibradas e disputadas. Pois bem, você, naquele momento, naqueles minutos, quer vencê-la. Depois, riem, vão as festas juntas. Ou seja, são amigas.

Por mim o karatê não deveria entrar nas olimpíadas,mas sou amplamente a favor das competições.

Nela vemos quem "tem garrafa vazia para vender", como diz o ditado. Não importa se você irá ganhar ou perder. Isso é problema seu. É interessante ver como se perde e como se ganha. Qual a postura ao perder, qual a postura ao vencer. Você já entra derrotado? isso diz muito da sua personalidade. Você menospreza seus adversários menos qualificados? Isso diz muito sobre você. Você culpa a arbitragem por suas derrotas? Talvez fosse bom aumentar as visitas ao psicanalista. Quando você perde sua reação e ficar irritado consigo e treinar ainda mais forte na segunda-feira? Você desqualifica os mais bem sucedidos em competições? Com certeza é hora de voltar à análise.

Enfim, a forma como se procede diante das muitas pressões presente em ambientes de competição esportiva ajuda a nós "educarmos" para saber agir na vida fora do dojo. Essa é minha opinião.

Por último, é muito mais difícil entrar numa competição ou numa disputa com outro controlando seu impeto de agredir, de bater mais forte, do que soltar a mão para machucar propositalmente seu adversário. Quem tem mais controle? Quem entra e sai, demonstrando a ineficiência da guarda do adversário, sem ter que machucá-lo, ou aquele que simplesmente solta a mão rasgando a guarda do adversário mais na marra do que na técnica. Deus me livre de ter que enfrentar numa disputa séria um adversário com a capacidade do primeiro. 

Entre, perca, ganhe e mais importante, faça amigos.
« ltima modificao: Julho 05, 2007, 13:44:43 por Clarice Malinowski »

Offline Clarice Malinowski

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #4 Online: Julho 05, 2007, 14:02:01 »

PS: Augusto, não estou querendo polemizar com você. É só minha opinião. Respeito sua opinião e até entendo em parte. Mas parto de outra perspectiva, digamos, "menos marxistas" e mais micro-sociológica(brincadeira).


Outra coisa também deve ser dita. Fica claro aqui no´nosso fórum uma coisa. Na verdade somos todos que realizamos o karatê não-WKF que mais falamos desta comparação entre uma e outra via. O pessoal do esportivo não está nem um pouco preocupado com esse debate. Para eles isso é passado. Esse debate só existe entre os que não são adeptos a via esportiva. Nós estamos preocupados com eles, não o inverso.


Offline Pedro

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #5 Online: Julho 05, 2007, 14:17:10 »
Olá Clarisse!
Bom o seu texto,é verdadeiro lógico e muito bem colocado para quem pratica qualquer esporte,porém não esqueça que treinamos uma Arte Marcial.
E, numa Arte Marcial não cabe competição.
Como eu já postei em outros tópicos,quem quer competir lutando,deveria escolher um outro nome ,nunca Karate.
Oss!
Pedro
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Lezon

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #6 Online: Julho 05, 2007, 15:22:44 »
Vou dizer o mesmo que disse no enquete do "Karate esportivo"

Há 37 anos que me iniciei no Karate e, após estes anos todos, ainda tenho muito que aprender...

Todavia, também tenho consciência do que sei, mas não pretendo fazer nem comparações, nem avaliações. Sofri muito na aprendizagem da arte marcial, como sofri também na aprendizagem da via esportiva. Como tal, fiquei muito mais enriquecido nos meus conhecimentos para poder deitar fora o que não presta e guardar o que é realmente bom. 

Estou perfeitamente à vontade para dizer aqui ou em qualquer outro lugar que tanto na via esportiva como na Marcial, há muito de bom e muito de mau!

Hai!! Oss!!
Lezon

Offline dida

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #7 Online: Julho 05, 2007, 16:15:16 »
Oss.
Minha posição é contra o Karate competitivo. Gostei muito tb. do texto da Clarice.
Não deveria haver competição, mas sim demonstração, onde poderíamos ver e avaliar, as técnicas  mais  apuradas de outros karatecas.
Karate é para toda uma vida, competição  tem vida curta,  alimenta sentimentos duvidosos, vale pela auto-superação  dos  limites, mesmo assim alimenta a vaidade, um sentimento   nefasto ao karateca.
Um grande karateca, sem humildade, não  terá respeito dos amigos, da comunidade.
E vencer com humildade, é para muito poucos, quase ninguém.
Oss.

Neto110

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #8 Online: Julho 05, 2007, 16:29:49 »
Luiz, a nossa prática é o que fazemos dela.

Clarice, entenda que meus argumentos são fundamentados, há filósofos discutindo isto, não estou defendendo algo ou indo contra algo, mas apontando contradições.

Desconheço a filiação Marxista de Edgar MOrin que embasa a discussão que a ONU faz contra a violência e naõ considero o karate violento, ele é eficiente para o que se propõe, violência é o que fazem com ele descaracterizando-o e ensinando esta prática descaracterizada sem informar os que acham que estão aprendendo karate "de verdade".

Para os Demais, entendo que os fóruns de um modo geral permitem que qualquer coisa seja escrita, mas este aqui consegue reunir polemizadores muito bons. Já discutimos longamente aqui e continuamos muito bons, porque naõ estamos competindo, ms aprendendo e esta é a lógica de meu karate: quando luto naõ quero ganhar, bato duro, forte tento ser o mais rápido que posso, naõ porque quero vencer meu adversário mas porque karate é assim, sei que se for lutar com outro karateka ele vai fazer o mesmo, se souber karate. No fim o que estiver em melhores condições vai ajudar o outro a se levantar e vai apontar as deficiências: isto é cooperação.

Encaro a questão da competitividade como uma ferramenta de dominação cultural, mais nada. Nõa interessa a nós que ensinamos karate, não interesa ao aluno, nem interessa à sociedade, defender isto como?

Entendo que se defenda esta postura quando se desconheça as premissas que apontei que não são minhas nem de um autor mas de um conjunto de autores que defendem princípios mais adequados para nortear a vida em sociedade.

Não acho que quem goste de karate desportivo esteja "errado" e quem esteja noutro karate esteja "certo", esta postura maniqueísta é reducionista demais, ela deixa de apreender situações mais complexas que precisam ser vistas para entender o processo.

Lezon

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #9 Online: Julho 05, 2007, 18:53:02 »
Caro Augusto,

Quando o Augusto diz:

  " Não acho que quem goste de karate desportivo esteja "errado" e quem esteja   noutro karate esteja "certo", esta postura maniqueísta é reducionista demais, ela deixa de apreender situações mais complexas que precisam ser vistas para entender o processo."

Isto significa que é uma pessoa que sabe aceitar as opções dos outros, e tudo o que tem dito não "fere" minimamwente susceptibilidades de ninguém. As suas opções são suas, e pelo que tenho observado aqui, parece-me também ser possuidor de uma sensatez cativante.

Tem toda a razão e legitimidade em considerar reducionista certas e determinadas posturas daqueles que olhando apenas e só para o seu umbigo, acham errado o caminho seguido por aqueles que não seguem o seu. Isto é redutor em todos os sentidos, quer seja de um lado, quer seja do outro.

Há que viver o outro lado para se aprender a entender o processo, e daí tirar todas as ilações e conclusões, deitando ao lixo o que interessa deitar, e guardar no nosso armazém da sabedoria tudo o que de bom se conseguiu aprender e sentir.

Há também que ter a consciência que hoje os tempos são outros e que a sociedade é exigente e competitiva. Há que saber dar resposta, sob pena de ficarmos pelo caminho...

Mas eu gostava muito que estes assuntos um dia fossem debatidos em conjunto num seminário, em que todos estivessemos presentes, e em que cada um dissesse o que lhe vai na alma, mas que o fizesse de espírito franco e aberto, e receptivo a saber ouvir e respeitar as opiniões contrárias. É na divergência de opiniões que muitas das vezes se chegam a novas conclusões e se mudam certas formas de pensar.

Saudações amigas. Hai!!
Lezon     
 

Offline Clarice Malinowski

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #10 Online: Julho 05, 2007, 20:15:39 »
Augusto,
Que bom que cursou arte na USP. Eu fiz minha graduação e mestrado na UFRJ e faço meu doutorado na UnB. Acho que a partir de agora, então, podemos estabelecer um diálogo entre "especialistas" sobre o ser e o nada.

Realmente conheço pouco de Edgar Morin. Quase nada. Sei que ele, sem dúvida nenhuma, foi simpatizante do anarquismo e posteriormente filiado ao partido comunista. Isso tudo, se não me engano antes da guerra, quando estava sendo introduzido na filosofia marxista.

Mais que isso, quase nada sei dele. Estou mais familiarizada com leituras do estruturalismo francês de Leví-Strauss; estrutural-funcionalismo inglês de, entre outros, Radicliff-Brow e Max Gluckman; culturalismo norte americano de Franz Boas e posteriomente Margareth Mead; do funcionalismo sociológico de Merton; do funcionalismo francês de Durkheim; da sociologia de Weber, da sociologia simbólica de Marcel Mauss, dos trabalhos de Giddens (que aliais tem boas leituras de Marx), da sociologia  hermenêutica de Geertz, da Sociologia da dor e do sofrimento de Arant. Também sei um pouco de Foucault (principalmente da micro-sociologia do poder, vigiar e punir e história da sexualidade e loucura), mas prefiro o também francês bruno Latour, filósofo e antropólogo.

Propriamente da filosofia, conheço razoavelmente bem o contratualistas como Hobbes, Lock e Rousseau. Ah, também sei um pouco do materialismo dialético de Marx.

Mas como disse anteriormente a minha linha preferida e a micro-sociologia norte-americana. Aquela de Goffman (interacionismo simbólico) e Garfinkel   (etnometodologia sociológica), onde o foco está nas estratégias cognitivas dos indivíduos a partir da interação face-a-face. Ou seja, como opera o sistema cognitivo (suas estratégias entre outras coisas) dos indivíduos  diante das mais diversas situação, entre as limites. 

Caso lhe agrade discutir história e cultura(s). Será um prazer encontrar alguém interessado e estabelecer agradáveis conversas sobre o tema.

Agora, se o tema for só karatê e não conhecimento acadêmico, eu respeito seu posição.
PS: Qualquer argumento é fundamentado, ainda que seja na doce ilusão da verdade.
Abraço

Offline Clarice Malinowski

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #11 Online: Julho 05, 2007, 20:28:52 »
Isso só pra dizer que qualificados e graduados todos nós somos. Seja em Ed.Física, História da arte, sociologia, história, professores, karatê, publicidade, Ciência Política, entre outras tantas profissões, que nós aqui do fórum exercemos. Estamos só discutindo visões de mundo. Todos temos opiniões e podemos discordar sem problema. A vida é assim. Como o tema é karatê, tema que une a todos nós que temos as mais diferentes experiências de vida, acho que, assim como a filosofia (ciência inicialmente citada por você), varias abordagens e interpretações são possíveis.

Piá

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #12 Online: Julho 05, 2007, 22:01:12 »
Amigo Augusto, quando leio o que você escreve, que deve ser o que você pensa, até quando tenho convicção de que esteja errado, eu concordo com você. Oss. Hai

Esse tópico vai render.

Vamos voltar aos velhos tempos do nosso Fórum.

Offline Antonio Pêcego

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #13 Online: Julho 05, 2007, 23:54:22 »
Se os velhos tempos representam o excelente nível dos debates, como deste tópico iniciado pelo Augusto, que venham porque serão bem-vindos.

No mais, não posso coadunar com a afirmativa de que "A competição é o espírito desta nossa era", porque ela é o espírito do ser humano desde dos primórdios dos tempos, sendo que posso concordar que ela está cada vez mais selvagem.

Oss !!!

A. Pêcego - Araguari/MG
Momo
"Conhecer os outros é sabedoria, conhecer a si próprio é Iluminação." Lao-Tzu

Offline Avi

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Re: Karate Competitivo?
« Resposta #14 Online: Julho 06, 2007, 00:56:23 »
OSS
Uau, esse tópico realmente vai fundo.

Gostaria da opinião de voces , principalmente Neto sensei, clarisse e sensei lezon, mas, desculpem me, de todos na realidade...Quando voces apontam a competitividade como um mal da nossa era, acho de fato dificil de qualquer pessoa minimamente informada discordar, traçando um ciclo bem simplista eu diria COMPETITIVIDADE---DERROTA DA MAIORIA E EXITO DE UMA MINORIA ---- FRUSTRAÇÃO = MERDAS VISTAS DIARIAMENTE. A pergunta é: isso é um mal da nossa era ou isso é algo absolutamente humano presente em nossa historia desde os primordios?


oss
"Permanecer no Eucarístico, em silêncio, espera e adoração, lapidando almas para Ele."