Oss!
Aí está o teor de um E-mail que recebí do colega Ivo Rangel.(será quem alguem está realmente preocupado com a nobre arte?)
Se este anexo tiver imagens, elas não serão exibidas. Baixar o anexo original
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JUSTIÇA
Dinastia provoca racha no Caratê
Federações de São Paulo, Rio, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná anulam eleição
que manteve no cargo o atual presidente da Confederação Brasileira, há 17 anos no
comando da entidade
A voz solitária de protesto do professor paranaense Aldo Lubes ganhou coro no caratê brasileiro e a
dissidência iniciada há três anos no estado reforçou-se contra a Confederação Brasileira de Karatê
(CBK). Uma inédita oposição conseguiu anular o último pleito realizado no início do ano ao cargo de
presidente da entidade, ocupado há 17 anos por Edgar Ferraz. O impasse, porém, parece longe do
fim.
A chapa ‘Novos Rumos’ torce contra a morosidade do judiciário e espera a marcação das novas
eleições para este mês. Enquanto isso, a atual direção duvida da hipótese de ser derrotada e mantém
no site da entidade a relação de quem permanecerá no poder até 2013. Os postos estão ocupados
interinamente até o término do imbróglio.
Os problemas mais recentes começaram com a
transferência das eleições de janeiro para
Rogério Theodorovy/Arquivo/Gazeta do Povo
O professor paranaense Aldo Lubes foi o primeiro a se insurgir, ainda em 2006, contra a administração de Edgar Ferraz
Publicado em 02/05/2009 | ANA LUZIA MIKOS
Dirigente local encabeça dissidência
ESPORTES
Quinta-feira, 07/05/2009
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Fortaleza. A medida foi classificada pela oposição como uma manobra política para afastar o pleito dos
estados contrários à atual gestão. O grupo é formado por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Distrito Federal e Paraná.
“Também alegaram que a nossa inscrição estava irregular, fizeram tudo para complicar, atrapalhar”,
disse o candidato à presidência Célio René, ex-atleta e ex-técnico da seleção brasileira. A Justiça
determinou que o processo eletivo ocorra na sede, em São Paulo.
Edgar Ferraz justifica a transferência de local como forma de aproximar a eleição das regiões Norte e
Nordeste onde o caratê seria mais forte e define o pedido de impugnação como choro de perdedor.
“Acho que só vai ter outra eleição em 2013. Mas se houver outra agora vamos ganhar do mesmo
jeito, pois temos a maioria dos votos”, garante.
A oposição assegura ter conseguido novos adeptos, mas o medo de represálias os impediriam de
declarar os votos antes de a nova eleição ser confirmada.
O levante dos insatisfeitos, que jamais ocorreu desta maneira, como admite o próprio presidente
Ferraz, começou pela primeira vez no Paraná em 2006 (leia mais nesta página) e cresceu em vários
setores da modalidade.
Em março, a Federação de Karatê do Rio de Janeiro entrou com protesto na CBK contra a lista de
convocados para os treinamentos que visam o Campeonato Pan-Americano, programado para maio,
nas Antilhas Holandesas. Trata-se da principal competição verde-amarela no ano.
De acordo com os cariocas, não existem critérios na hora da convocação dos atletas: o presidente
Edgar Ferraz puniria lutadores contrários à sua gestão com o afastamento do time nacional. Entre os
atletas não chamados estão Juarez dos Santos, Carlos Lourenço e Vinicius dos Santos,
respectivamente ouro, prata e bronze no Pan Rio-2007.
Segundo o técnico da seleção carioca, Manuel Varella, um dos critérios usados foi a participação no
Mundial do Japão, realizado em novembro. Os medalhistas até estavam classificados para disputar o
título mundial, mas, por falta de verbas, não foram ao Oriente e, consequentemente, ficaram fora da
lista agora.
Outras insatisfações são recorrentes. “Há muito as políticas públicas de incentivo ao esporte
disponibilizam valores suficientes para viagens e estadias dos atletas, apoio aos treinamentos. É
inadmissível que a nossa seleção nacional fique alojada num ginásio precário, onde não há roupa de
cama, papel higiênico, colchão limpo e, mais absurdo ainda, na maioria das vezes falta água. Nós
pagamos nossas refeições, nossas passagens, inscrições, tudo! Tudo isso pela inércia administrativa”,
desabafou em nota de apoio à chapa ‘Novos Rumos’ a tricampeã dos Jogos Pan-Americanos, Lucélia
Ribeiro.
Edgar Ferraz defende-se e diz que há pessoas especializadas em desenvolver projetos para a captação
de recursos. “O problema é que o esporte amador no país vive grande dificuldade e a crise mundial
piorou tudo.”
A possibilidade de mudanças na cúpula do caratê nacional anima a Federação Paranaense da modalidade.
A entidade local trava uma batalha com a confederação desde 2006 e mantém suas atividades graças a
uma liminar da justiça.
Então diretor técnico da CBK por 14 anos, o presidente da FPK, Aldo Lubes, foi afastado após pedir acesso
às contas da entidade. O caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva da modalidade. O órgão,
entretanto, teria sido constituído irregularmente, segundo a defesa do professor paranaense.
“Pessoas assinaram papéis para outros fins e essas assinaturas foram usadas para indicar auditores”,
explica o advogado Milton Miró Vernalha Filho. Entre as assinaturas constava a do próprio filho de Lubes,
que assim como outros atletas nega o fato, que foi parar na Justiça Civil de São Paulo.
Em março, foi proferida uma decisão favorável à CBK com base no artigo 217 da Constituição Federal.
Segundo o texto só se pode recorrer à Justiça Comum após esgotarem-se as instâncias desportivas.
“Não estamos falando de questões desportivas e sim de aspectos societários e financeiros da entidade”,
acrescentou o advogado Naoto Yamasaki.
Eles apelaram da decisão há duas semanas. A FPK permanece filiada e Lubes na presidência até o fim da
demanda. “Tenho certeza de que a decisão será reformada”, explicou o presidente paranaense.
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Um dos caratecas mais premiados das Américas, com 23 títulos brasileiros e 15 pan-americanos,
Altamiro Cruz, o Didi, lamenta o esvaziamento das competições. “Não podemos concordar com a
presença de pouco mais de 100 participantes no último campeonato brasileiro, ao qual nem sequer
compareceram as federações das regiões Norte e Nordeste. A CBK já não representa apenas ‘o
caminho das mãos vazias’ (definição de caratê). Vazios também são os cofres, vazias são as ideias...”,
desabafou.
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