Boa noite karatecas,
Acho que vão gostar do texto abaixo:
O MMA (Mixed Martial Arts) já é um fenômeno de público no mundo todo e vem ganhando popularidade no Brasil, especialmente depois que a Rede Globo passou a transmitir as lutas pelo canal aberto de televisão. Na mesma proporção do crescimento dessa modalidade, também se espalham as correntes contrárias ao MMA, que o consideram excessivamente violento.
Nessa corrente de pensamento está o karateca Djalma Caribé de Castro, penta-representante brasileiro de karatê, vice-campeão sul-americano, bicampeão panamericano e vice-campeão mundial. Na opinião de Djalma – que é membro mais novo da família Caribé de Castro, introdutora do karatê na Bahia na década de 60 -, as artes marciais orientais e verdadeiras nada têm a ver com o MMA.
Ética
“Fazer das artes marciais uma forma de angariar recursos financeiros ainda é uma maneira alternativa que alguns praticantes encontram para a sua sobrevivência, esquecendo-se do lema e do código de ética que consolida a essência da sua força”, afirma ele. “As artes marciais orientais têm como propósito contribuir para a formação do homem como indivíduo, buscando sempre desenvolver a força interior contida em todos nós, obviamente para o bem. Em nosso lema, esforçar-se para a formação do caráter nada tem a ver com a disputa em busca da aparente vitória, uma vez que ela se encontra dentro de cada um de nós”, ressalta o karateca, que é morador de Porto Seguro.
Respeito
De acordo com Djalma, “fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão nada tem a ver com o sensacionalismo oriundo das aglomerações fantasiosas em busca do prazer sanguinário ainda enraizado em muitos de nós”. Segundo ele, criar o intuito de esforço nada tem a ver com o empenho em prol da destruição do semelhante, e sim com as nossas próprias imperfeições. “Respeito acima de tudo nada tem a ver com os desafios com o próximo, pois deveremos buscar sempre em nós. Conter o espírito de agressão nada tem a ver com o confronto e com o público em troca do dinheiro, que apesar de dependermos dele nesse plano físico não justifica a forma animal para consegui-lo”, salienta. “O código de ética nos mostra que a disciplina, o respeito ao próximo e a cortesia, que são os fundamentos do Budoo, devem acompanhar os cultores de karatê em todos os seus movimentos: na academia, nas atividades profissionais e no seu lar”, observa Djalma.
Vaidade
O karateca ensina que a vaidade e o capricho devem ser evitados, assim como deve ser cultivada a faculdade de ouvir as críticas construtivas e de seguir os bons conselhos. “A humildade, a modéstia e a autocrítica devem ser constantes na conduta diária dos cultores de karatê. A arrogância e o exibicionismo são próprios dos pobres de espírito”, acrescenta.
Bom senso
Ele também faz um apelo a que as pessoas usem o bom senso. “A história nos mostra que no tempo dos gladiadores o povo ia para os coliseus ver os homens se destruindo e os animais devorando nossos irmãos como simples diversão. Ainda carregamos passagens semelhantes, em vista do nosso estado evolutivo. Devemos e podemos mudar esse quadro. Usemos o bom senso”, alerta ele. “Fica aqui a minha obrigação como praticante da nobre arte marcial orientar, apoiar e defender a dignidade buscada em nós homens. Diga não ao MMA desligando ou mudando de canal. Vamos refletir sobre este tema, sem jamais agredir”, finaliza.
Fontes:
http://opovonews.com.br/novo/multicampeao-de-karate-faz-um-apelo-ao-fim-da-violencia-no-mma/http://www.askaba.org.br/pt/Osu