Penso o seguinte:
-O Jiu-Jitsu adaptado pela famÃlia dos Gracies é uma arte de combate
espetacular. Revolucionou todos os outros lutadores de torneios
chamados de Vale-Tudo que, mesmo não lutando tal luta, incorporaram
diversas torções e posições de guarda em combate. Com relação aos
torneios chamados de Vale-Tudo, em todos os eventos nacionais e
internacionais, com destaque para o Pride e o UFC, as regras de
combate, a bem do "espetáculo", foram adaptadas atualmente para
otimizar trocações de golpes em pé, gerando uma desvantagem para o
lutador de chão, pois o mesmo não tem muito tempo para definir uma
entrada de golpe, pois logo a luta recebe comando para retornar em pé.
Durante muito tempo, no Rio de Janeiro, esta luta era para as elites.
Somente agora ocorreu uma iniciativa de uma grande academia abrir
um projeto de apoio na favela, ensinando JJ para os jovens de lá, tendo
sido copiado por mais algumas outras academias, culminando inclusive
com um campeonato um dia desses.
-O Muay-Thai brasileiro é mediano. Não tem grandes representantes
no K-1 e muitos, especificamente aqui para o Sul, muitos de seus atuais "mestres" vêm de "mestres" que foram praticantes do
Tae-Kwon-Do. Os destaques brasileiros do K-1 ficam por conta de
lutadores de kyokushin, que eu saiba. Há uma academia chamada
Chute-Boxe, que originariamente ensinava somente Muay-Thai, que
especializou-se em Vale-Tudo, tendo obtido no passado diversos
tÃtulos e detém também no presente um destes tÃtulos.
-Ambas as lutas acima citadas não oferecem nenhum tipo, repito,
nenhum tipo de formação, digamos que "filosófica". São lutas, lutas,
simplesmente. No Jiu-Jitsu, o aluno pode coçar os bagos na aula, deitar
no tatame, tomar água no bebedouro antes de um aluno graduado, lutar
com unhas sujas, usar kimono fedendo a chulé, etc e o
Muay-Thai é o que é Muay-Thai no resto do mundo: uma luta pura,
sem nada mais, como o boxe, por exemplo. Nada há de formação de
valores ali dentro.
[]´s
BigBoy