Só discordo do Marco Ruas. Ele só veio a estrear no UFC 7, sendo inclusive campeão daquela edição.
Pra mim as artes marciais evoluem. Aliás, pra ser mais sincero, penso que não param de evoluir constantemente. Por este motivo é que se eu colocar John Johnes para lutar contra Rickson Gracie, o primeiro poderá levar vantagem; Pelo mesmo motivo: -se eu colocasse Rickson Gracie contra seu tio Carlson Gracie, o primeiro poderia levar vantagem; -se eu colocasse Carlson Gracie contra seu tio Hélio Gracie, o primeiro poderia levar vantagem; -se eu colocasse Hélio Gracie contra seu irmão Carlos Gracie, o (o verdadeiro e esquecido propositalmente criador do Jiu-Jitsu Gracie) o primeiro poderia levar vantagem; -se eu colocasse Carlos Gracie contra Mitsuyo Maeda, o primeiro poderia levar vantagem... - e por aà vai. São ÉPOCAS diferentes, com técnicas que foram estudadas e alteradas. Exemplos: 1) na década de noventa o double-leg (morote gari) era aplicado. Hoje em dia, qualquer um escapa com sprawl; 2) na década de 80, um o jiu-jiteiro aplicava o pisão na virilha pra neutralizar o avanço do striker. Hoje em dia aquela perna esticadinha poderia ser um convite pra chave de joelho, de pé, etc; 3) no karatê, na década de 80 ainda se usava um pulinho bonito com uraken como contra-ataque a um gueaku com zenkutsu muito esticado. Hoje em dia tal contra-ataque, com o cidadão "flutuando" no ar, seria um convite para qualquer tipo de projeção que o coloque no chão e dê de presente a seu oponente leve três pontos de ippon. Hélio Gracie teve seu valor, mas ele foi responsável por deixar acontecer algo muito ruim. Mas isso é outra história... []´sBigBoy
3) no karatê, na década de 80 ainda se usava um pulinho bonito com uraken como contra-ataque a um gueaku com zenkutsu muito esticado. Hoje em dia tal contra-ataque, com o cidadão "flutuando" no ar, seria um convite para qualquer tipo de projeção que o coloque no chão e dê de presente a seu oponente leve três pontos de ippon.[]´sBigBoy
De tanto ver estas competições da JKA Brasil, comecei a pensar o seguinte: são ótimos padrões pros tiozões competirem. Ou ainda para um aluno esforçado padrão, que comparece e participa intensamente das aulas, três vezes por semana, enfim, com esse perfil, isto é, com uma média de treinamento de até seis horas por semana. Já as competições da WKF, elas aumentaram tanto o nÃvel de exigência do atleta, que eu estou começando a enxergá-las mesmo como inatingÃveis para o perfil do tiozão ou do aluno padrão do parágrafo anterior, sendo estas, ao meu humilde modo de ver, perfeitamente aplicáveis ao atleta de alto desempenho, que tem uma média de treinamento de no mÃnimo 12 a 15 horas por semana. Logo vejo sem o menor problema competições com estas duas modalidades, incluindo todos os quesitos de uma e outra.
Sei que muitos não irão concordar comigo, mais afirmo que, se as regras fossem mais permissivas, a coisa seria diferente.Lutadores, digamos, mais tradicionais, iriam se beneficiar muito se tivessem uma movimentação como a de grandes expoentes da WKF. Lutadores da WKF não seriam tão ansiosos ao avançar se soubessem que uma pancada incapacitante os espera. Lutadores de Kyokushin lutariam diferente caso fosse permitido socar o rosto e, TODOS ESSES, lutariam diferente se pudessem ser levados para o chão e finalizados lá.Focar em um golpe impactante e incapacitante, com a forma mais correta possÃvel visando a finalização como na ITKF é muito bom mas, por si só, não é suficiente.Focar em velocidade e movimentação, encurtamento de distância e evasão como na WKF, é muito bom mas, por si só, não é suficiente.Focar em fortalecer o corpo e os membros visando suportar o máximo de danos possÃvel até desfalecer o oponente como no Kyokushin é muito bom mas, por si só, não é suficiente.Essas são apenas três das inúmeras facetas do Karate nas quais as associações vêm se especializando e, com isso, fragmentando a Arte e fazendo com que ela o deixe de ser.Acho que o intercâmbio pode ser muito benéfico se, com ele, conseguirmos suprir as deficiências da nossa vertente sem que percamos nossas qualidades. Quem sabe o Karate não volta a ser uma Arte plena como já foi uma vez? OSS!
O meu comentário seguido ao vÃdeo suscita esta interpretação. Eu faço o mea-culpa. O vÃdeo é uma disputa da final do Sul Americano da JKA. Refiro-me a pessoas que possam inscrever-se em torneios regionais ou no máximo estaduais. É ali onde enxergo o tiozão.