Autor Tópico: Noucaute em Karatê (e não é Kyokushin!)  (Lida 8901 vezes)

Offline Eros José Sanches

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Re:Noucaute em Karatê (e não é Kyokushin!)
« Resposta #45 Online: Janeiro 01, 2014, 20:38:18 »
Osu, amigos!

Voltando ao tema principal, acho que a problemática do Karate esportivo é exatamente definir ante as regras o que é "sundome".

É óbvio que golpes poderosos tem consequências desastrosas, contudo, considerando essa evidência percebo que se fosse para evitar (de fato) o contato físico, como a teoria do "sundome" exige, a própria velocidade dos golpes neutralizaria uma percepção da efetividade desses golpes.

Com isso, surge o "paradoxo marcial esportivo": se bater "de mais" faz falta, se "bater de menos" o juíz não considera. Parece que a lógica seria achar o "meio termo", só que ele é impraticável! Consequentemente surge a "cultura" de bater mais forte em Chūdan e mais leve em Jōdan. Contudo, a falta de domínio técnico e a própria movimentação dos atletas favorece os ferimentos.

Conclusão que se chega: a prática esportiva em uma arte marcial é uma atividade de risco.  :-[

Para aqueles que buscam o Budō, fica difícil aceitar atitudes negativas (maldosas), justamente criadas em cima dessas subjetividades de contato = acidente "sem querer", como para mim ficou óbvio na atitude da atleta do primeiro vídeo.

Abraços.
Osu!
"A popularidade internacional alcançada pelo Karate-do é recente, mas essa é uma popularidade que os professores de Karate devem fomentar e usar com grande cuidado" (Gichin Funakoshi, 1956)