Oss!
O EspÃrito:
Tem um papel importantÃssimo no Karaté. OHN o sentido mais elevado do karateca e o do seu adversário; portanto só um espÃrito forte, sem falhas, triunfará, e é nisso que o Karaté se torna uma verdadeira arte.
Antes de tudo o espÃrito do karateca deve-se manter calmo, mesmo face a um ataque mortal eminente (à mão armada por exemplo); conservando o sangue frio há imensas probabilidades de se ficar senhor da situação, mas se se perde a cabeça, quer por medo quer levado pela cólera, perdendo o controle do corpo pelo terror ou excitação, reduzem-se as possibilidades de dominar o adversário. De facto, neste último caso, mesmo de posse da técnica do Karaté perdem-se, pelo menos, 50% dos meios que essa técnica dá. Portanto o domÃnio de si próprio deve ser a primeira preocupação do praticante de Karaté. Com um pouco de experiência é fácil conseguir-se e manter esse domÃnio, se a intenção do adversário for clara (se, p.e., o seu ataque, mesmo mortal, é feito a fundo e sem hesitação). Aà os reflexos terão um importante papel. Isto é mais difÃcil de aplicar se se torna impossÃvel, ou muito difÃcil, ler no espÃrito do adversário (por exemplo quando ele, mais calmo e prudente, rodeia e finta antes de atacar); neste caso o combate toma o aspecto de um verdadeiro duelo de mentes, tornando-se apaixonante nos JU-KUMITE no Dojo.
Por conseguinte, é necessário esforçar-se por manter um espÃrito lÃmpido (calmo «como a superfÃcie de um lago tranquilo»), pois só uma superfÃcie sem ondas pode reflectir uma imagem sem deformações. Se não se pensar em nada, o espÃrito não será dominado por qualquer impulso secundário e o ataque do adversário será claramente percebido e parado a tempo; claro que não se deve, para isso, cair na inércia e perder a iniciativa. Mal se aperceba do ataque, o espÃrito do karateca deve, pelo contrário, atingir um auge de actividade com toda a força de vontade dirigida à parada e ao contra-ataque, sem perder uma fracção de segundo entre os dois estados de espÃrito. É aà que reside a dificuldade essencial e uma aparente contradição do Karaté: como é possÃvel ficar calmo, quase indiferente, e ao mesmo tempo querer lançar um contra-ataque fulminante? A busca de tal estado mental é verdadeiramente apaixonante.
A mente do karateca nunca deve adormecer, e assim, mesmo que, num combate, ele esteja constantemente na defensiva e a recuar, deve ter sempre em mente a intenção de atacar, contra-atacar ou ganhar vantagem a partir de um movimento do adversário. Portanto a mente deve-se manter sempre alerta, é o estado de espÃrito com o nome de ZANSHIN. Por outro lado também implica uma certa retenção nos actos. Podemo-nos aplicar a fundo num movimento, mas é necessário mantermo-nos vigilantes, mesmo que se julgue que o adversário está posto definitivamente fora de combate, pois este, mesmo ferido, pode ter um último assomo de energia e surpreender-nos com um último contra-ataque (principalmente se estiver no solo). Este estado mental deve-se procurar nas KATAS.
Abordamos aqui a união entre o espÃrito e o corpo, que constitui o aspecto filosófico do Karaté: o tão procurado caminho para a Perfeição. Mas este aspecto ultrapassa largamente o espaço deste tópico... Preocupar-se-ão com ele depois de obterem o vosso cinturão negro, 1.º Dan.
Um Abraço e Bons Treinos
SHOGUN
Oss!
:lol: :roll: