Tópico: Voce pratica outra arte marcial alem do karate

[Guilão RP]

O BJJ seria a melhor opção de complemento ao Karate, sendo uma arte-marcial comprovada em prática, sendo extremamente eficaz no combate 1 x 1

[Ricardo S]

Grande Troyman!

É claro que concordo integralmente.

Bem vindo ao fórum

[Ricardo Borges]

Amigos,

Além do Wado ryu com os Senseis Roberto Pimentel, Zé Pimentel e Lezon, eu pratico Kobudo com o Sensei Troyman.

Já pratiquei Judô, quando moleque, na extinta Academia Saga aqui no Rio, com os Senseis Zé, Vinícius e Machado.

Paz e amor,
Ricardo

[Troyman]

Primeiramente, gostaria de agradecer aos que tão bem estão me recepcionando no Forum.  Obrigado.

Agora gostaria de responder a alguns que comentaram a partir da minha postagem sobre o Kobu-Do:

- ao Thoryu:  Certezas a gente nunca tem, mas conhecimento a partir de pesquisas sérias a gente pode passar adiante sem correr o risco de falar inverdades.  Quando a gente fala que "não conhece um mestre de Karate-Do em Okinawa que não pratique o Kobu-Do", fora a 'força de expressão' que a gente imprime ao nosso discurso, as pessoas precisam aprender a separar o joio do trigo.  Na verdade, a intenção da afirmação embute a idéia de que A GRANDE MAIORIA dos mestres de Okinawa (berço do Karate-Do) também praticam ou praticavam durante o seu tempo de vida o Kobu-Do.  Até o Mestre Funakoshi praticava um pouco dessa arte, muito embora não tivesse feito dela um elemento importante do currículo do estilo de Karate que acabou por ensinar na terra principal do Japão.  Quanto a incluir ou não elementos externos ao corpo (imagino que você esteja se referindo às armas em contraponto ao uso dos braços e pernas), não quero dizer que praticar o Kobu-Do deva ser parte integrante do Karate-Do, mas que uma arte é complemento da outra desde a sua origem e faz parte da tradição de Okinawa.  Quanto a praticar com o Nunchaku, se você estiver interessado e mora no Rio de Janeiro, pode vir treinar com a gente.  Bem orientado, você não correrá o risco de se auto-mutilar.  Saudações.

- ao Arivaldo:  Já percebi que você treina o Shorin-Ryu do Sensei Shinzato e deve conhecer também o Kobu-Do Shin Shu-Kan.  Eu realmente costumava treinar com o Sensei Luiz Rodolfo, mas agora estou formando o meu grupo (já havia dado aula na década de 70, mas depois fique um bom tempo só como aluno, às vezes auxiliando o Rodolfo) e, por hora, só estou ensinando o Kobu-Do.  O Karate-Do Shorin-Ryu eu continuo treinando sempre que posso, principalmente quando encontro com meu grande amigo Gilberto Israel, também um grande aficcionado das armas antigas de Okinawa.  Saudações.

- ao Ricardo S:  obrigado pelas boas vindas e pelas longas horas de treino de Kobu-Do que tem dispendido comigo no Aterro.  Saiba que é sempre com muita satisfação que procuro passar os meus parcos ensinamentos a você. Saudações.

- ao José Lezon:  Sensei, saiba que me sinto muito honrado e tê-lo como companheiro de armas no Kobu-Do.  Obrigado pela boas-vindas também.  Saudações

- ao Ricardo Borges:  Obrigado pelas boas-vindas, e agora que estou aqui poderemos trocar idéias sobre Karate-Do e Kobu-Do além das que trocamos na academia.  Valeu mesmo.  Saudações, Paz e Amor

Aos demais participantes do Forum, assim que for possível vou inaugurar um tópico exclusivo sobre Kobu-Do, onde procurarei passar algumas informações sobre esta arte marcial que está, graças ao Sensei Shinzato e seus alunos, se tornando cada vez mais popular entre os praticantes de Karate-Do no Brasil.
Saudações a todos.

[thoryu]

É uma satisfação e um alívio, além de que é um fato putamente salutar, constatar inteligência e competência ingressar no Fórum.
Apesar dos Estilos diferentes co-existimos e aprendemos uns com os outros e até nos divertimos às vezes. Quanto ao convite, agradeço e minhas partes baixas agradecem também, mas paulistas - e paulistanas - que são, preferem ficar quietinhas e salvas.
Sobre o tópico exclusivo sobre o assunto seria o ideal, visto quem sabe do assunto debateria e quem não entende do assunto - como eu - se quisesse aprenderia.
Apenas consideraria nomear o Kobu-do de Técnica Marcial, ou Prática Marcial, mas não nomearia de "Arte Marcial", que até acho que foi de vossa parte um reles equívoco de grafia. Oss. Hai

[Lezon]

Amigo e Sensei Troyman,

Também é uma honra para mim tê-lo como meu professor de Kobudo. No entanto, quero que saibas que tal honra é mais ainda pela tua forma simples de ser, que te enobrece ainda mais.

É esta a tua principal característica que imediatamente me cativou, de tal forma que, sem eu dar por ela, me puseste a aprender Kobudo.

Bem hajas!

Hai!!

[Troyman]

OK, Thoryu, vamos lá. 

O que define uma "arte marcial"?  A palavra "marcial" vem de Marte, o nome do deus romano da guerra (Ares na Mitologia Grega).  Arte é todo o conjunto de técnicas que resultam em um objetivo final que, de uma forma ou outra, agradam a um eventual interlocutor.  Assim, um pintor, possuidor de um conjunto de técnicas próprias na utilização do pincel acaba por gerar um produto final que é uma pintura, uma tela ou um afresco que, por sua vez, agrada ou encanta um observador ou um crítico (de "arte", digamos assim).  Muito bem, "arte marcial", então, é um conjunto de técnicas que são utilizadas para se praticar a guerra, objetivo final do artista marcial, com o intuito de fazê-lo da melhor e mais eficiente forma possível.  A arte da guerra mudou com o passar do tempo.  Depois do advento das armas de fogo adquiriu outros aspectos.  As técnicas do combate corpo a corpo ficaram relegadas a um nicho exclusivo e, cada vez mais, utilizado em situações especiais, imprimindo um aspecto de utilização extremamente específico (ações furtivas de combate, espionagem, segurança, etc.).  A partir daí, as técnicas de combate corpo a corpo tornaram-se mais uma forma de exercitar o corpo com possíveis eventuais chances de aplicação em situação real, o que levou o cidadão comum a buscar outras formas de emprego dessas técnicas.  O que ocorreu foi que os grandes mestres das técnicas de luta do passado recente vislumbraram, a partir de conceitos religiosos e de conduta pessoal e comportamental, uma forma de incutir na arte a parte espiritual, tornando-a mais uma atividades que pudesse levar o praticante a um auto-conhecimento em prol da busca por realização pessoal e, porque não dizer, pela felicidade (o que no final das contas consistia em se chegar à iluminação ou 'satori').  Em função desses aspectos, as técnicas de cada luta compõem a arte da modalidade.  Assim, surgiram as várias artes marciais, identificadas em japonês como "jutsu" (iai-jutsu - arte de sacar a espada, ken-jutsu - arte do punho do guerreiro, i. e., da espada, kyu-jutsu - arte do arco e flecha, bo-jutsu - arte do bastão, sai-jutsu - arte dos punhais, ju-jutsu - arte suave, karate-jutsu - arte das mãos vazias, kobu-jutsu - arte das armas antigas de Okinawa, e assim por diante).  Com a incorporação dos aspectos filosóficos, esaas artes trocaram a palavra "jutsu" pela palavra "Do" (caminho, doutrina, etc.), daí vieram os termos ju-do, karate-do, ken-do, iai-do, kyu-do e kobu-do.  Portanto, caro Thoryu, pode ter certeza que não houve da minha parte nenhum equívoco, principalmente de grafia. Beleza?

Saudações.

[Ricardo Borges]

Sensei Troyman,

Eu agradeço a aula, pois, tinha dúvidas a respeito dessa relação Jutsu/Dô que foram muito bem solvidas com esse post.

Paz e amor,
Ricardo

[ToraNoMaki]

Oss Sensei Troyman,

Seja bem-vindo.

Há algum tempo o Ricardo S. me convidou para os treinos no Aterro, assim que passar o turbilhão do final de ano, vou aparecer para uns treinos.

Venho treinando esporadicamente o Kobu-do com o Sensei Paulo, mas confesso não estar dedicando muito tempo ao treino. De qualquer forma, é sempre bom ver cara conhecida por aqui.

Em tempo: excelente post!

Oss.

[Fabiyo]

Muito bom post, realmente. Meu sensei no kendo diz que Do pode ser bem traduzido por "modo de vida". Ele diz que "sacar a espada e brigar" nem sempre é a melhor solução, saber disso é o "Do".

[Troyman]

É isso aí, Ricardo.  JUTSU é arte e DO é caminho.  No Do está embutida a filosofia (na maior parte Zen) que se encontra na doutrina do Bushi-Do ou do Bu-Do.

ToraNoMaki:  Depois vc me diz o seu nome verdadeiro (esse apelido, que deve estar relacionado ao símbolo do tigre do Shotokan, fica muito impessoal).  Será um prazer enorme ter um aluno do Sensei Paulo Roberto treinando com a gente lá no Aterro.  O Paulo já fez vários treinos com a gente lá.  O Ricardo S (o Czszerbacki) fez muito bem em convidá-lo.  Ele também é um grande companheiro de treino.  Venha que será muito benvindo!

Fabiyo:  sábias palavras essas do seu Sensei.  Isso realmente é Do.  Parabéns!

 

[ToraNoMaki]

Oss Sensei Troyman.

Sou o Otávio, meu nome encontra-se em minha assinatura, lá embaixo.

Treinei algumas vezes lá no sensei Ortiz, já não vou há algum tempo. A última vez que nos vimos foi em minha visita ao Dojo dos Senseis Lezon e Pimentel, lá no Largo do Machado.

Em breve farei outra visita dessas.

Oss.

[Troyman]

É isso aí, Otávio.  Estamos te esperando lá no Aterro.  Valeu!

[Lezon]

Otávio, sua presença bem como a do sensei Paulo é sempre bem vinda.

Um abraço aos dois.

Hai!!!  Oss!!

[ToraNoMaki]

Oss. Muito Obrigado.