Tópico: Escola de Karate-Do do Brasil

[katsumoto]

P Max,

Vc tem toda a razao. Politica na JKA é no mundo todo.
Aceitaram Stan por 2 motivos:
1- Apartheid nao aceitava Japoneses no pais nos anos 60-70
2-Stan nunca permitiu que algum Japones tentasse Bullying com ele. Se percebia intensao de machuca-lo, devolvia na hora. Isso desde seu primeiro treino la.

Sem contar que o sucesso da JKA na AS deveu-se pricipalmete a lideranca dele, super carismatico e gentleman com todos. Nakayama o adorava como um filho.
Fico contente que vc tenha entendido meu ponto de vista e compartilho com vc a ideia de ir aos eventos para encontrar os amigos e se divertir um pouco.
Tenho certesa absoluta que com esses Professores daqui, nao precisamos ir ao Japao para termos um bom Karate. Um abraco PMax.

[Marquinhos]

Um ponto chave foi colocado pelo senhor: política. Na sua opinião, a política das confederações e federações (a nível estadual) são responsáveis por corromper os instrutores de Karate, ou estes simplesmente aproveitam a brecha com oportunismo?

PSekiMG,  eu acho que esse nem é o maior causador do problema, pelo menos não diretamente.

O problema está na formação de instrutores. Ha um tempo atrás, haveria um exame para shodan até sandan. Me pediram pra comparecer e eu fui, mas cheguei um pouco atrasado para não cair no risco de me chamarem para a banca. Alguns amigos meus participaram da banca...

De todos os examinados, somente um de 70 anos e outro de 55 mereciam passar. O resto simplesmente era de chorar. Alguns fazendo para shodan nem em base sabiam se deslocar!

O kihon foi pífio. Alunos sem preparo físico, sem gás e nem tampouco forma. Kime era um sonho bastante esquecido e postura nem se fala...

Os kata eram péssimos e muitos não conseguiram terminar o Bassai-Dai.

O kumite foi pior que briga na feira, só que em briga na feira agente vê espírito aguerrido. Lá eram um monte de frouxos (tirando os corôas) e sem técnica pra ser faixa laranja. Sinceramente.

Olhei para um amigo, grande karate-ka de renome internacional que era um dos juízes. Ele me falou: "Antes que VC fale alguma coisa, olhe aqui!" e me mostrou a papeleta com 100% de reprovação.

Eu avisei a ele que nada disso adiantava, pois ele era minoria na banca e eles iam ganhar o dan e, pior, iam sair dizendo que receberam a faixa preta das mãos dele! Ele ficou deprimido!

Dito e feito! Apesar de muita briga e protestos nossos, os cidadãos receberam a faixa preta e uns o terceiro dan !!!!

Sujeitos que não sabem fazer tranzição entre zenkutsu-dachi e kokutsu-dachi ou sequer terminar o Bassai-Dai tem o título de Sensei !!!!!!!

Que tipo de alunos esses "sensei" formarão?

E o Karate? Esgoto abaixo? Não consigo ver para onde mais irá...

OSS!

[daigoro]

AGRADECIMENTO

A Escola de Karate-Do do Brasil, agradece aos que compareceram em sua Apresentação e Aula/Treino Inaugural realizada no último sábado, dia 02/03/2013.

Esperamos ter esclarecido os propósitos da Escola, contribuído com os conceitos e treinamentos de Karate-Do que apresentamos e, principalmente, ter deflagrado um movimento de resgate do Karate-Do, no qual você, estando ou não ligado à Escola, é imprescindível: Ajude a Preservar, Treinar, Ensinar e DIVULGAR o Real Karate-Do.

 
Oss!
 
São Paulo, 06 de março de 2013

 
A Comissão Organizadora:
Ennio Vezzuli — Instrutor-Chefe
Carlos Rocha — Sub-Instrutor-Chefe
Valmir Zuza — Chefe do Shidoin-Kai



Fotos e Comentários da Apresentação
http://www.karateca.net/forum/treinamento-dojos/escola-de-karate-do-do-brasil/
http://www.facebook.com/escoladekaratedodobrasil


Contatos

Contatos poderão ser feitos pelo e-mail info@escoladekaratedodobrasil.com.br ou diretamente aos membros da Comissão Organizadora.
Ennio Vezzuli: (11) 98285-5715, evezzuli@escoladekaratedodobrasil.com.br
Carlos Rocha: (11) 98374-2204, carlosrocha@escoladekaratedodobrasil.com.br
Valmir Zuza: (19) 8112-0411, valmirzuza@escoladekaratedodobrasil.com.br

[Lino-do]

Creio que não há nada de errado em dominar a técnica de "reserva de golpe", faz parte da filosofia do karate "treinar sempre para evoluir sempre" e isso faz parte da evolução como artista marcial e como pessoa. Porém aplicar esta técnica exige um nivel de perfeição e cuidado afinal expandir um golpe força muito a articulação do ombro e como já foi dito "marca ponto, mas não é efetivo" então vai à escolha de cada um, mas aprender não faz mala ninguem, pq aprendendo nos torna capaz de identificar o uso em lutas entendem, se eu souber fazer também saberei me defender de tal técnica.
Eu acho uma boa técnica, apesar de meu forte ser velocidade de antecipação,nos meus bons momentos eu quase leio a mente e prevejo o movimento do oponente, isso se eu não confundir os sentidos dele antes do golpe real.

espero ter ajudado e opinado adequadamente sobre o assunto do post.

Lino-Do...

[GEM]

Caro Marquinhos,

Seu comentário me remeteu a uma situação que estou vivendo no momento:

Agora em Maio, haverá exame de graduação superior aqui na FPrK, onde na banca estarão 1 ou 2 examinadores de outros estados (um deles é o Nelson Sardenberg, várias vezes Campeão Brasileiro e vice-Panamericano).

Meu Sensei liberou a mim e outros faixas pretas para fazermos o exame (no meu caso para Nidan).
Só que eu argumentei com ele que não me sinto em condições físicas e também psicológicas para prestar exame agora, pois quero prestar um bom exame, de onde possa sair "com a certeza do dever cumprido".

Não estou em condições físicas por ter fraturado meu pé-esquerdo em Junho do ano pasado e só retornei aos treinos no início de Dezembro. Aí vieram Natal, Ano Novo, depois Carnaval, portanto somente agora estou voltando a treinar direito.
A questão psicológica tem a ver um pouco com a  deficiência física e também de muitos afazeres na minha vida profissional.

O assunto morreria por aí, porém já sei que faixas pretas que conheço, com nivel técnico igual ou inferior ao meu, irão prestar o exame.
O caso mais sintomático é de um 3o. DAN, que já veio com esta graduação da Federação do Espírito Santo (se cuida Tsuki ) e da CBK, mas não deveria nem ser 2o. kyu, tamanha a sua falta de qualidade, e agora quer fazer exame para 4o DAN!

Meu dilema agora é se sigo com minhas convicções e não presto exame, correndo o risco de me arrepender caso outros com menos condições venham a ser aprovados, ou presto o exame mesmo sabendo que não estarei no meu 100%?!

OSS

[Gustavo-RJ]

GEM,

Minha opinião: Se vc é professor, faz essa $%&! logo que impressiona. Faz vc sentar na frente dos outros, se não é faz $%&! nenhuma.

Esse negocio de Dan é a maior babaquice e não quer dizer nada para quem não é professor.

Vai lá faz exame e mete a porrada nesse bunda mole. E se tiver apanhando dá no nariz, ai ele aprende a não ser metido a fodão.

[St0n3h0us3]

Boa noite,
Marquinhos aqui na Bahia não está muito diferente do que você falou, tem muitos faixas pretas que não deveriam está nem com uma faixa verde na cintura.

[Tsuki]

Caro Marquinhos,

Seu comentário me remeteu a uma situação que estou vivendo no momento:

Agora em Maio, haverá exame de graduação superior aqui na FPrK, onde na banca estarão 1 ou 2 examinadores de outros estados (um deles é o Nelson Sardenberg, várias vezes Campeão Brasileiro e vice-Panamericano).

Meu Sensei liberou a mim e outros faixas pretas para fazermos o exame (no meu caso para Nidan).
Só que eu argumentei com ele que não me sinto em condições físicas e também psicológicas para prestar exame agora, pois quero prestar um bom exame, de onde possa sair "com a certeza do dever cumprido".

Não estou em condições físicas por ter fraturado meu pé-esquerdo em Junho do ano pasado e só retornei aos treinos no início de Dezembro. Aí vieram Natal, Ano Novo, depois Carnaval, portanto somente agora estou voltando a treinar direito.
A questão psicológica tem a ver um pouco com a  deficiência física e também de muitos afazeres na minha vida profissional.

O assunto morreria por aí, porém já sei que faixas pretas que conheço, com nivel técnico igual ou inferior ao meu, irão prestar o exame.
O caso mais sintomático é de um 3o. DAN, que já veio com esta graduação da Federação do Espírito Santo (se cuida Tsuki ) e da CBK, mas não deveria nem ser 2o. kyu, tamanha a sua falta de qualidade, e agora quer fazer exame para 4o DAN!

Meu dilema agora é se sigo com minhas convicções e não presto exame, correndo o risco de me arrepender caso outros com menos condições venham a ser aprovados, ou presto o exame mesmo sabendo que não estarei no meu 100%?!

OSS

Infelizmente GEM 90% dos faixas pretas daqui do ES nao merecem a graduação que tem!. Estou falando especificamente do Shotokan, pq Goju eu nao conheço quase ninguém, e Kyokushin eu nao sei a quantidade de praticantes. Conheço um sensei, o Paulo Carmo, que é um coroa casca grossa pra caramba.

Dá até vergonha, mas é verdade. O ruim pra mim é que nao tenho pra onde correr quando o caso é aprender de quem realmente entende de karate. Tem um sensei bom em Vila Velha, mas o cara cobra muito caro para os padroes do ES, tem o Carlos matos, filiado a CBKT, discipulo do Watanabe. È  muito bom, gente boa, mas nao senti a vontade quando fui treinar no dojo dele, nao sei pq. Tem alguns outros, mas parecem que ficam meio escondido, a alguns nem dão aulas.
O jeito é arrumar tempo, grana e viajar para fora do ES para aprender alguma coisa.

[PSekiMG]

Osu,

Marquinhos,

Concordo contigo, mas a interferência do dinheiro a fim de corromper a banca é uma forma politizada de se deturpar os valores marciais. Justamente pelos pontos que você apresentou, hoje somente passaria adiante, o que procurei compreender ao longo da minha jornada no Karate-Do, a quem, de fato, merecer. O panorama do Karate-Do atualmente, excluído casos específicos como a iniciativa da Escola de Karate-Do do Brasil, é: cada um por si.

GEM,

Dan não quer dizer mais nada atualmente. Quantos 5º Dan na minha região não sabem/aguentam fazer um simples Gohon Kumite? Embora muitos Karatecas de renome nacional/internacional sejam 4º Dan acima, creio que o que nos impressiona são suas técnicas e não aquilo que está escrito num pedaço de papel. Nem digo mais procedência, pois quantos alunos de grandes mestres realmente prestam? Isso é muito relativo.

Osu.

[GEM]

Gustavo,

Como você sabe, não sou professor de nada, então acho que não vou fazer #!%& de exame nenhum!
Falando sério agora, já estou quase 100% decidido a não fazer o exame, para ser coerente com o que acredito e não dar dinheiro para a $&%# da CBK.
Com relação ao 3o. DAN que comentei, o cara veio do Shotokan e é literalmente um b.o.s.t.a, ainda por cima menor do que eu (se é que isto é possível  ), mas nem dá gosto dar porrada nele, já fiz kumitê alguma vezes com o indivíduo, e sinceramente, minha mulher dá mais trabalho.



PSekiMG,

Realmente DAN atualmente não significa mais nada, mas como sou "das antigas" tendo sempre a respeitar os mais graduado (sei lá, pode ser falha de caráter da minha parte  ).

OSS

[pmax]

Foristas,

Uma das propostas da escola é moralizar a graduação, realmente certificar pela qualidade técnica.

Sei que no Rio, rola uns exames de alinhamento a portas fechadas, ninguém vê e sai todo mundo com novas graduações felizes da vida ... afff

Aqui em Sampa, em janeiro teve exame da JKA/FPKT, três amigos meus estavam, me surpreendi mas o nível foi bem alto, dois ou três destoavam num universo de +- 60 examinados.

Foi muito bom o exame, os katas (empi,jion,kankudai e basaidai) bem executados em sua maioria, me deu esperanças.

A banca era Tanaka (Rio), Sasaki (meu professor) e Machida, eles estão se esforçando para elevar o nível do Karate.

No meu exame para 4° dan em 1998 pela CBK, foi ridículo, tive que ensinar os examinados a fazer Jyu Ippon, rasguei meu diploma de decepção.

Em 2011, prestei exame para 4° novamente só que pela JKA, com uma banca Sasaki,Machida e o Shindoin Japones Kunio Kobaiashi, minhas notas foram muito boas, e muito elogiado pelo Kobaiashi.

Agora foram 2 anos de preparação, treinando muito, para mim que não sou profissional, é uma forma de avaliação do meu crescimento, realmente quero ser avaliado, satisfação pessoal, não para tirar onda de graduado.

O Carlão e o Roberto, foram examinados na SA JKA para 5° Dan, minha impressão é que realmente quiseram ser avaliados e certificados. 

Estou me preparando para o 5° Dan, mas vou prestar no JKA Head Quarters no Japão, é uma meta pessoal, se for aprovado, vou ter a certeza de realmente merecer a graduação.


Deixo uma pergunta para o fórum, PORQUE no JiuJutsu (Brasil), a graduação é muito séria, tenho colegas que treinam à anos e não fazem exames, o cara tem que ser muito bom, vai desde o danguai até yudansha

[Tsuki]

Foristas,

Uma das propostas da escola é moralizar a graduação, realmente certificar pela qualidade técnica.

Sei que no Rio, rola uns exames de alinhamento a portas fechadas, ninguém vê e sai todo mundo com novas graduações felizes da vida ... afff

Aqui em Sampa, em janeiro teve exame da JKA/FPKT, três amigos meus estavam, me surpreendi mas o nível foi bem alto, dois ou três destoavam num universo de +- 60 examinados.

Foi muito bom o exame, os katas (empi,jion,kankudai e basaidai) bem executados em sua maioria, me deu esperanças.

A banca era Tanaka (Rio), Sasaki (meu professor) e Machida, eles estão se esforçando para elevar o nível do Karate.

No meu exame para 4° dan em 1998 pela CBK, foi ridículo, tive que ensinar os examinados a fazer Jyu Ippon, rasguei meu diploma de decepção.

Em 2011, prestei exame para 4° novamente só que pela JKA, com uma banca Sasaki,Machida e o Shindoin Japones Kunio Kobaiashi, minhas notas foram muito boas, e muito elogiado pelo Kobaiashi.

Agora foram 2 anos de preparação, treinando muito, para mim que não sou profissional, é uma forma de avaliação do meu crescimento, realmente quero ser avaliado, satisfação pessoal, não para tirar onda de graduado.

O Carlão e o Roberto, foram examinados na SA JKA para 5° Dan, minha impressão é que realmente quiseram ser avaliados e certificados. 

Estou me preparando para o 5° Dan, mas vou prestar no JKA Head Quarters no Japão, é uma meta pessoal, se for aprovado, vou ter a certeza de realmente merecer a graduação.


Deixo uma pergunta para o fórum, PORQUE no JiuJutsu (Brasil), a graduação é muito séria, tenho colegas que treinam à anos e não fazem exames, o cara tem que ser muito bom, vai desde o danguai até yudansha

Oq os senseis da Escola de karatedo do Brasil estão fazendo, é o caminho correto, que deveria ser seguido por todos. Nao adianta aumentar o nivel dos exames, se nao buscar elevar o nivel dos Karatekas. Como os danguai vão ter um bom nivel, se os Yudanshas estão fazendo até vergonha?? Aprender pela internet é complicado! 


NO Jiujitsu o nivel costuma ser alto (já foi bem melhor) pq o praticante nao tem muitas coisas no que se basear, como kata e kihon! Se vc é bom, é bom no rola, na luta! Se demonstrar bom na luta, vc merce a graduação! Nao existe meio termo.

[Rodrigo (Rodfu)]

Parece que cooptamos o Gem. Deu trabalho mas conseguimos!

Falando sério, Gem, tenho a mesmíssima opinião do Gustavo. Quando falaram da Interestilos iniciando no RS e que começaria a distribuição de faixas eu fiquei quieto. A verdade é que na CBK tal prática iniciou há muito mais tempo. E tem muita gente séria que fica constrangida de elevar sua graduação desta maneira mas pensa do mesmo jeito que tu: $%&!, aquele $%&! ali nunca treinou, nunca competiu, nunca fez nada e é 5º dan.

Se tu não dá aula, não faça o exame. É só mais $ que vai cair no bolso do Edgar. Se no futuro vier a sentir necessidade da graduação mais elevada para outros fins (dar aula, encher currículo, sei lá) é só pagar e fica tudo certo. Quem sabe até na CBKI.

[Bodhi]

Deixo uma pergunta para o fórum, PORQUE no JiuJutsu (Brasil), a graduação é muito séria, tenho colegas que treinam à anos e não fazem exames, o cara tem que ser muito bom, vai desde o danguai até yudansha

Infelizmente isso não ocorre também em todos os lugares. Em relação ao Karate a discrepância do JJ é menor. Mas no dia a dia de uma academia se vê isso, especialmente quando chegam alunos graduados de outras academias, como existe disparidade. Sem falar nos critérios objetivos criados para graduações que diferem de academia para academia. Alguns lugares isso é vergonhoso (sim falo do JJitsu).

Na minha opinião a graduação é uma referência que tem que ser dada por um professor muito mais qualificado do que o examinado. E um professor moralmente idôneo. Esse professor será responsável inequivocamente pela graduação. Ele até pode estar coordenando uma banca, mas a palavra final é dele.

Agora quando mistura-se politica, "colegas", troca de favores, interesses diversos, tem-se a pulverização da responsabilidade por uma graduação (ou seja "foi a banca que aprovou e não o professor tal"), o que se torna mais comum e frequente quando é feito por organizaçoes de diferentes níveis regionais que estão sempre procurando parcerias, agradar a todos etc... já que acaba misturando professores e alunos de diferentes academias, e mistura-se também interesses diversos.

No JJitsu houve por muito tempo, e ainda há em muitos lugares com o Pmax apontou, uma moralidade e coerencia na graduçao, porque em geral a promoção depende de uma pessoa apenas: do professor, ou do círculo formado por aquele professor.

Arte marcial não é democracia nem parlamento para ficar tendo disputa de interesses e votações. Esse é o problema.

[ToraNoMaki]

Oss,

Numa boa, o Tsuki tem razão. No JJ, se o cara pegar a graduação e não for preparado para isso, vai passar vergonha todo dia, pois tem que rolar mesmo. Mas, nem por isso, deixa de ter graduado com baixo nível técnico. Eu sou roxa de JJ e sei do que estou falando.

No Karate há muito mimimi, isso sim... para resolvermos a questão, só colocando a mão na massa, fazendo alguma coisa. Quem não puder ajudar, que não atrapalhe.

Como muitos já sabem, sou da SKIF e corto um dobrado para corrigir problemas assim o tempo todo. A estratégia é investir nos instrutores, com cursos e mais cursos de formação. Por isso apoio a iniciativa dos Senseis Ennio e Carlão na criação desta escola e me alinho com seus ideais. No que depender de mim, terão todo o nosso apoio.

A questão básica, que gera tanto problema para todos nós, é o fato de que muitos dos instrutores vivem de Karate e tiram o sustento de suas famílias das aulas, portanto não podem se dar ao luxo de perder um aluno sequer. Fazem muitas vezes o que vende mais e acabam se corrompendo mesmo. É triste, mas acontece e quem sou eu para julgá-los? Dou aulas em Botafogo, mas não é minha atividade principal, portanto me permito fazer o que quero e já perdi alguns alunos por conta disso.

Com relação à graduação, infelizmente, não é um problema exclusivo nosso. Aliás, aqui no Brasil há muita preocupação com isso, chega a ser excessiva. Passamos anos aqui sem graduados, pois não nos permitiam graduar. A Europa é recheada de 5º, 6º e 7º Dans da SKIF, JKA, JKS, etc.

Na última visita do Sensei Kanazawa ele comentou que o nível técnico deve melhorar, mas que este é um processo lento e que devemos ter paciência e persistir.

Uma sugestão: faça a sua parte. Karate não se ensina, se aprende. Quem vier depois de você, sabendo da sua qualidade, vai segui-lo.

Enquanto puder, participarei desses cursos, pois só tenho a ganhar. Aproveito para agradecer aos Senseis pela aula. Parabéns, mais uma vez, pela iniciativa.

Oss!