Autor Tópico: Karate, como se aprende?  (Lida 6133 vezes)

Offline Pedro

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Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #15 Online: Dezembro 17, 2010, 19:30:41 »
Olá!
Caro Higino, agora seu post chegou naquilo que postei,
cada um tem um entendimento nas entrelinhas dos movimentos de kihon e katas,
e Vc. achou uma leitura nesse movimento do Kanku dai.
Eu francamente não sei de qual movimento se trata, mas ainda dando sentido
ao tópico, me ensine, pois o aprendizado é também de um Karateca para outro.
Oss
Pedro
Com o "Obi", amarre seu corpo ao seu espirito,e vai em frente.

A. HIGINO

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Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #16 Online: Dezembro 18, 2010, 02:17:10 »
OSS, Pedro Sensei...

Para melhor entendimento do que eu postei anteriormente, postarei alguns vídeos exemplificando a técnica.
Obs:
Para não ficar enfadonho assistir toda a filmagem, coloquei o tempo exato do vídeo quando ocorre a técnica citada.
..........................

A luta que eu me referia sobre a aplicação do Kata não será esta postada, mas creio que esta servirá para exemplificar o que citei anteriormente...

Aos 3m42seg o “Brian Rafic” segura a perna do “Chinzo Machida” buscando derrubá-lo com o “Single Leg”.
Veja que a saída que o “Chinzo” utiliza para se libertar é idêntica ao início do movimento 42 do Kanku-Dai antes da joelhada.
Obs: A filmagem da saída é feita de um ângulo superior, por isso a elevação de joelho do Chinzo não fica tão evidente.






Esse giro brusco de cintura associado a puxada de perna aonde o nosso joelho fica para baixo é muito eficiente, inclusive também para sair da chave de tornozelo.
Como mostra essa filmagem aos 4m00seg:





OSS...
« ltima modificao: Dezembro 18, 2010, 02:19:10 por A. HIGINO »

Offline Farkatt

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Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #17 Online: Dezembro 18, 2010, 12:14:40 »
como eu não tenho cacife pra falar de kanku dai, aproveito apenas para comentar:

que guiako LINDO no finalzinho do ultimo filme, em slow motion...
e que deai mais lindo ainda...

depois falam que não dá pra usar shotokan em ufc, que o lyoto usa muay thai, boxe e o escambau... e isso é o que ?

mas voltem ao kanku dai que eu tento aprender daqui, caladinho....

Offline PSekiMG

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Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #18 Online: Dezembro 18, 2010, 16:48:33 »
Oss,

Brilhante, Higino.

O movimento é melhor perceptível no segundo vídeo, mas no primeiro, apesar da não aparência do levantamento do joelho, a técnica do quadril foi bastante notória.

Oss.

A força física sem respeito nada mais é que força bruta, e para os seres humanos não tem nenhum valor ― Shoto.

Offline Arivaldo

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Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #19 Online: Dezembro 22, 2010, 08:30:12 »
Olá Pessoal,
Compartilho com vcs um texto enviado por meu amigo Ronaldo Fraga que tem um dojo em Taubaté/SP (Hatha). Gostei muito do conteúdo...Boa leitura.

Ari - Santos/SP

"A Alma do Karate-do
Movimento inicial e Postura
por Masatoshi Nakayama, Japan Karate Association-JKA
Traduzido por Wanderley da Silva


Nos primeiros dias do karatê-do, alguns anos depois de 1935, clubes universitários de karatê por todo o Japão realizaram lutas (campeonatos) interescolares. Eles foram chamados kokangeiko, ‘ troca de cortesias de prática’ e os participantes atacavam um ao outro livremente com todas as técnicas de karate à disposição deles. Seu propósito original era promover a amizade entre os clubes. As lutas deviam consistir em exibições de kata, os padrões fixos de defesa e ataque, ou de prática em ataque e contra-ataque. O último (um ataque e um contra-ataque) era idealmente uma prática formalizada. Uma pessoa atacava, só uma vez. Então o seu oponente contra-atacava, novamente só uma vez. Eles continuavam em alternação estritamente controlada. Mas o sangue jovem dos estudantes corria muito quente em suas veias para ser satisfeito com tal docilidade. Eles não podiam resistir à tentação de usar as técnicas completas que tinham aprendido e o poder que tinham adquirido através do treinamento diário. Havia cinco ou seis competidores de cada universidade nesses campeonatos de estilo-livre. Dando um grito valente a um sinal, os oponentes emparelhados começavam a lutar. Se uma luta corpo-a-corpo se desenvolvesse, era responsabilidade dos juízes separar os lutadores. A verdade é que, os juízes raramente tinham tempo para exercer sua responsabilidade. Tudo acabava em 30 segundos. Alguns dos participantes tinham quebrado os dentes ou torcido o nariz. Outros tinham lóbulos da orelha quase arrancados ou estavam paralisados por um pontapé na barriga. Os vencidos feridos aqui e lá ao redor do dojo--era uma cena sangrenta. O karatê em seus primeiros dias não tinha nenhuma regra de luta, embora houvesse o acordo de cavalheiro de evitar atacar os órgãos vitais. Apesar dos feridos, o costume de realizar tais “campeonatos” permaneceu popular durante algum tempo.
Eu era um aluno em um clube de karatê naqueles dias. Se o costume continuasse, eu temia, o karate se degeneraria em uma técnica bárbara e perigosa. Contudo, derrotar um oponente é o objetivo comum de todas as artes marciais. Um lutador tem que lutar livremente em uma luta, usando suas técnicas, se ele quer manter sua habilidade. Se for assim, eu pensei, então o karate é muito poderoso e muito perigoso para competição em lutas.
O karate foi desenvolvido em Okinawa onde as pessoas eram estritamente proibidas de possuir armas. Seus praticantes lá normalmente treinaram sozinhos através da prática centrada no kata. Eles não realizavam nenhuma luta. Embora nós possamos manter nossa técnica através da prática sem um oponente, não podemos melhorar nosso condicionamento físico e mental em preparação para uma luta real.
Especificamente, precisamos aprender a superar a ansiedade ou que distância deveríamos manter de um oponente. Sem prática contra um oponente, nós não podemos ter a chance de trabalhar a nossa maior capacidade. Eu estava em um dilema. Lutar é perigoso, mas indispensável. Só através da luta podemos manter as habilidades essenciais de nossa arte marcial. Até mesmo depois de se formar na faculdade, eu ainda continuava esperando ver o desenvolvimento de uma verdadeira luta que faria do karatê uma arte marcial moderna. Uma vez eu organizei um campeonato com os participantes usando material protetor, mas a roupa especial era um obstáculo e se mostrou ser a causa de danos inesperados. Eu tinha que continuar procurando uma solução. Isso aconteceu logo antes do começo da Segunda Guerra Mundial.
Depois da guerra, o Japão abandonou o militarismo do passado e fez um novo começo como uma nação baseada no pacifismo. Mesmo assim, os clubes universitários de karatê mantiveram suas competições selvagens, e o número de feridos continuou aumentando. No novo clima de paz, violência em qualquer forma era uma coisa odiosa. Se o karatê permanecer como é, eu pensei, será considerado como a personificação da violência e conseqüentemente desaparecerá. Contudo o judô e o kendo (firmando-se) estavam se desenvolvendo como esportes. As competições gloriosas de nadadores e jogadores de beisebol estavam brilhando na escuridão pós-guerra. Jovens praticantes de karatê começaram a ter esperança de que o karatê se tornaria um esporte, teria regras para competições.
Eu achava que chegara o momento exato para fazermos do karatê um esporte. Estudei as regras de muitos esportes e observei competições. Finalmente, desenvolvi regras de competição e estilos de lutar que permitiam aos competidores usar técnicas de karatê em toda a sua extensão sem ferir um ao outro. Porém, se nós pomos muita ênfase em lutar, ficamos soltos em técnica. Para prevenir isso eu fiz uma competição de kata, também. As competições que eu tinha realizado, consistindo em lutas de estilo livre e kata, foram executadas primeiro em Tóquio no torneio “All Japan Grand Karate Tournment” em outubro de 1957, sob os patrocínios da Japan Karate Association. Eles foram muito impressionantes--ataque e contra-ataque com técnica rápida, poderosa e bem-controlada. Os competidores de kata exibiram movimentos rápidos, bonitos. Ambos o kata e a luta deixaram a audiência impressionada. Nem mesmo um competidor foi ferido na luta de estilo livre. As novas competições foram um grande sucesso. Isso foi o começo das competições de estilo livre executadas hoje em torneios de karate ao redor do mundo. Finalmente uma forma de competição próxima da luta real tinha chegado ao público.
Como você pode ver, resolvi meu dilema e tive sucesso em criar a competição de karatê. No entanto ainda temo uma coisa: enquanto as competições de karatê se tornaram populares, os praticantes de karatê se tornaram absorvidos demais em vencer. É fácil pensar que ganhar um ponto é o mais importante, e é provável que as competições percam a rapidez de ação característica do karatê. Nesse caso, as competições de karatê se degenerariam em meras trocas de golpes. Além disso, eu não posso dizer se a idéia de competições de estilo livre combina com a alma do karatê como ensinado pelo Mestre Funakoshi Gichin, o fundador do karatê-do. Pois como você verá em seguida, a alma do karatê requer um padrão muito alto de ética.
A Arte dos Homens Virtuosos - O mestre Funakoshi freqüentemente recitava um velho ditado de Okinawa: “O karatê é a arte dos homens virtuosos”. É desnecessário dizer, para alunos de karatê, que ostentar imprudentemente seu poder ou exibir a sua técnica em lutas vai contra a alma do karatê-do. O significado do karatê-do vai além da vitória em uma competição de maestria ou técnicas de autodefesa. Diferente dos esportes comuns, o karatê-do tem uma alma em si próprio. Ser um verdadeiro mestre é entender a alma do karatê-do como um Caminho Marcial. O karatê-do se popularizou nestes dias, e sua alma está apta a passar de nossas mentes. Aqui eu discutirei a alma do karatê, voltando às raízes desse Caminho (Modo) Marcial. Diz-se que o karatê não tem movimento inicial (sente). Isso é uma advertência aos praticantes para não lançar o ataque inicial e conseqüentemente uma proibição rígida contra imprudentemente usar as técnicas de karatê. Os mestres de karatê, especialmente o Mestre Funakoshi, aconselhavam estritamente seus alunos repetidamente com essas palavras. Na realidade, não é inapropriado dizer que eles representam a alma do karatê-do.
No karatê, o poder do corpo inteiro é focalizado em uma parte, tal como um punho ou um pé, para que um poder imenso e destrutivo seja liberado em um momento; portanto, eis um conselho: considere seus punhos e pés como espadas. Em uma competição o punho ou o pé do atacante é em princípio visado a alguns centímetros do alvo, uma polegada, mais ou menos, do corpo do oponente para não feri-lo.
Não levando em consideração tal poder destrutivo, vêm as palavras: Não há movimento inicial em karatê. Esse espírito está incorporado no kata, os padrões que formam a essência da pratica do karatê-do. O karatê tem duas formas de prática: kata e kumite (luta simulada). Os kata são padrões de defesa e ataque combinados que simulam quatro ou oito inimigos à direita,à esquerda, na frente e atrás. Até onde sei, há 40 ou 50 tipos de kata. Cada um começa com defesa (uke). Você pode dizer que já que o karatê nasceu como uma arte de autodefesa, é natural que não tenha nenhum movimento inicial. Isso é certamente verdade, mas se você concluir imediatamente dessas palavras, “não há nenhum movimento inicial no karatê” que você pode contra-atacar livremente, você não tem contudo compreendido a alma de karatê-do. O significado essencial dessas palavras é muito mais profundo.
Além de conter-se de atacar primeiro, é requerido aos praticantes de karatê não criar uma atmosfera que levará a problemas. Eles também não devem visitar lugares onde é provável que aconteçam problemas. Para observar esses conselhos, o praticante deve cultivar uma atitude digna para com os outros e um coração humilde. Esse é o espírito que se oculta nas palavras, “não há nenhum movimento inicial em karatê”. E esse espírito é a alma de karatê-do. Um mestre diz: “O karatê é baseado em tentativas de evitar qualquer problema, para não bater e não apanhar dos outros”. Um outro diz: “Harmoniosamente evite problemas, e abomine a violência. Caso contrário, você perderá a confiança e perecerá".
Na essência da alma do karatê-do está o desejo de harmonia entre as pessoas. Tal harmonia é baseada na cortesia, e diz-se que o Caminho Marcial japonês começa com cortesia e termina com cortesia. Assim é com o karatê-do. Mestre Funakoshi reuniu os kata dos seus precursores e então os sistematizou em 15 tipos de kata para prática. Um deles, chamado Kanku, simboliza o desejo de harmonia, a alma de karatê-do. Ao contrário de qualquer outro padrão, ele começa com uma ação sem relação com defesa ou ataque. As mãos são unidas, as palmas para fora, e o praticante olha para o céu pelo orifício triangular formado pelos polegares e pelos dedos. Ele expressa auto-identificação com a natureza, tranqüilidade, e o desejo de harmonia. O praticante de karatê sempre deve ter um coração humilde, uma atitude suave, e um desejo de harmonia. O karatê é verdadeiramente a arte de homens virtuosos.
O karatê e o vazio “Não há movimento inicial em karatê” é uma coisa. “Não há postura (kamae) no karatê” é outra. O primeiro representa o aspecto ético do karatê-do. O segundo resume a própria atitude de treino ou luta real. Ambas as declarações são elementos integrais da alma do karatê-do. Quando dizemos, “não há postura no karatê”, nós basicamente queremos dizer que: você não deveria endurecer seu corpo; você sempre deveria se relaxar para estar pronto para qualquer ataque de qualquer direção. Quando o vento forte sopra, o carvalho duro resiste e quebra, o salgueiro flexível dobra e sobrevive.
Mas mesmo que não haja qualquer postura física, você pode pensar em uma certa postura mental necessária. Você não pode relaxar sua atenção. É por isso que no karatê-do se diz: há postura mas não há postura. Os praticantes assumem uma postura mental mas não uma postura física. De fato, esse não é o estágio mais alto da arte. No estágio mais alto, os praticantes de karatê não devem ter nem postura de corpo nem de mente em uma luta real. Nisto está contido o profundo significado de “não há postura em karatê”. É este estágio mais alto, a essência comum dos Modos Marciais Japoneses que explicarei em seguida.
No século dezessete, o sacerdote Zen Takuan deu para Yagyu Munenori um tratado que teve grande influência no lado ideológico dos Modos Marciais do Japão. É popularmente chamado “Fudochi Shinmyo Floku” e nele, Takuan escreveu:
“Se você focalizar sua mente nos movimentos do seu oponente, sua mente é absorvida pelos movimentos dele. Se sua mente estiver na espada de seu oponente, sua mente é absorvida pela espada de seu oponente. Se sua mente estiver em cortar seu oponente, sua mente é absorvida em cortar o seu oponente. Se sua mente estiver em sua espada, sua mente é absorvida por sua espada. Se sua mente estiver em não ser cortado, sua mente é absorvida por não ser cortado...”
“Onde, então, a mente deveria estar! Você não deveria pôr sua mente em nenhuma parte. Então sua mente se espalha ao longo de seu corpo, alarga-se, totalmente liberta. Se seus braços forem importantes, ela serve seus braços. Se suas pernas forem importantes, ela serve suas pernas. Se seus olhos forem importantes, ela serve seus olhos. Trabalha livremente no corpo onde quer que necessário.”
“Se você se concentrar em um lugar, sua mente, absorvida por aquele lugar, é inútil. Se você estiver preocupado em onde focalizar a sua mente, sua mente é absorvida por aquela preocupação. O ku (vazio, nulo) deveria livrar- se da preocupação e da razão. Deixe sua mente examinar o seu corpo inteiro, e nunca fixe sua mente em um certo lugar. Então sua mente deve servir com precisão em respostas às necessidades de cada parte do seu corpo”.
Em resumo, o sacerdote Zen diz que a mente, se não focalizada em nenhum lugar, está em todos os lugares. O conceito reflete a aversão do Budismo, especialmente na Seita Zen, de conexão e elo. Tal antipatia está baseada no conceito de “nulo” no Budismo de Mahayana. Em Budismo o português “nulo” ou “vazio” traduz a palavra japonesa ku, derivada do sânscrito sunyata. Seu significado original é estar faltando ou estar querendo. O Budismo de Mahayana surgiu em oposição à doutrina rígida do Budismo tradicional e fez a corajosa declaração que nós não deveríamos ser aprisionados pela diferença entre o bem e o mal, ou a iluminação e a ilusão. Essa afirmação parece destruir o valor ético, mas o Budismo de Mahayana reivindica que fortalece o valor ético. Quando alcançamos o estágio dentro do qual não aderimos a nada, nossas ações são naturalmente boas. A idéia básica do Budismo de Mahayana, o Ku, é diferente da inexistência e é difícil de se entender. Não pode ser explicado em algumas palavras, mas talvez um exemplo específico lhe ajudará a entender o vazio e um de seus aspectos—a recusa ao confronto.
Quando aprendemos a dirigir um carro, primeiro achamos isso muito difícil e tomamos toda precaução. Mas uma vez que nós dominamos o ato de dirigir completamente, podemos ficar bem à vontade enquanto dirigimos e mesmo assim não quebramos as regras. Não estamos muito conscientes de nossa técnica de dirigir. O Budismo de Mahayana objetiva alcançar o estágio de iluminação sem se preocupar com a diferença entre o bem e o mal, ou a iluminação e a ilusão.
Esse é também o estágio mais alto da luta real no karatê-do. Nele nós não temos postura de mente. Nas artes marciais, quando nós atingimos o mais alto estágio depois de longos anos de treinamento, nós voltamos à primeira fase. Na primeira fase, onde não sabemos nenhuma postura ou técnica, não fixamos nossas mentes em nenhum lugar.
Quando atacados, simplesmente respondemos inconscientemente, sem estratégia. Mas quando vimos a entender a postura, o uso de técnica, e táticas de luta através do nosso estudo de técnica, ocupamos nossas mentes com todos os tipos de coisas. A mente é dividida em ataque ou contra-ataque e perde a sua liberdade. Depois de um período longo de prática adicional, podemos nos mover inconscientemente, livremente, e apropriadamente.
Esse é o estágio mais alto do karatê-do, o verdadeiro significado de “Não há postura de mente". Esse estágio só pode ser alcançado depois de treinamento duro e assíduo, mas não tem nada a ver com a força física. No Ocidente, a força física conta muito nas artes marciais. Homens de uma certa idade têm que parar de treinar. Porém, o karatê-do enfatiza a técnica baseada na prática de kata. Nós podemos continuar praticando esta arte marcial a vida toda, não importa quanto nossa força física decline. Quanto mais praticamos, mais graciosamente podemos nos mover. Finalmente, nós atingimos o mais alto estágio, onde nem há postura na mente nem no corpo."


 

Offline KATASHOTOKAN

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  • KARATE-DO só quem pratica sabe a força que tem
Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #20 Online: Dezembro 22, 2010, 10:23:18 »
Oss! Ao procurar entender o verdadeiro significado que o Mestre M.Nakayama procurar passar, através dessas palavras, evoluimos dentro da arte de alguma forma, bem oportuna sua postagem.
Oss!
“O propósito supremo do KARATE-DO não está contido na vitória, nem na derrota de adversários, mas, no aprimoramento do caráter, da personalidade e da honra de seus praticantes."

Offline Pedro

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Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #21 Online: Dezembro 22, 2010, 10:28:39 »
Olá!
Muito bom, exelente!
Essa é real definição do Karate.
Oss
Pedro
Com o "Obi", amarre seu corpo ao seu espirito,e vai em frente.

Offline GUICOMES

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Re: Karate, como se aprende?
« Resposta #22 Online: Dezembro 22, 2010, 21:07:14 »
Gostei muito do texto.
Treine o que funciona, descarte o que não funciona ou é menos prático. Quem treina igual aos outros tende a ser como o resto.
You are all aware of the price of failure. (skeletor)