Tópico: Faixas pretas ou professores como distinguir?

[lukel]

sou do tempo que preparavam um faixa marrom com curso de primeiros socorros, curso de instrutor e conversas com pedagogos para saber se podiamos ministrar aulas de karate ou apenas ser faixas pretas lutadores e agora como é feito isso chegou a preta já acha que aprendeu a ser um educando?

[Neto110]

Educador. Por mim faixa preta só seria instrutor se relamente demonstrasse interesse e habilidade ( o "preço" seira fazer a preparação pedagógica) para tal, se não demonstrasse isto só atuaria como karateka e ensinaria apenas no contexto das aulas e só no nidan para sandan deveria apresentar habilidades didáticas.

[lukel]

então podemos lançar uma campanha para que os atletas se coincientisem e estudem para ser um bom professor futuramente certo neto.

[Neto110]

A idéia é esta.

O grande problema é que quando um grupo sério estudar isto e apresentar sua proposta, um outro grupo que já está deitado em berço explendido chega e fala que aquilo não tem valor.

[lukel]

Justo, quando é que nós vamos conseguir voz ativa para nossas idéias serem fortes e não boicotadas pelos come dinheiro.

[Neto110]

Mas, para nossa sorte, a autoridade gerada pelo conhecimento não pode ser desautorizada...quem desautoriza conhecimento é obscurrantista e fanático e este tpo de gente acaba no ostracismo

[lukel]

É isso mesmo neto não quero que amanhã um filho de alguém caia nas mãos de pessoas que não entendem nada de ensinar que perigo ele pode fazer com essas crianças com o nome da arte que ele representa.

[Neto110]

Entendo o que você teme.

[RicardoCosta]

A JKA, através do instituto shotokan, se propõe em formar os instrutures e os mesmos só são reconhecidos como instrutores oficiais a partir do 3 dan e com os respectivos cursos. Agora, penso que faixas pretas shodan e nidan até poderiam ensinar estando debaixo da orientação de um Sensei que fosse um instrutor reconhecido e credenciado, até que o mesmo pudesse chegar a esse grau. É interessante que os professores sempre tenham alguém superior a eles, com quem treinem e continuem sendo orientados e corrigidos. Até os grandes mestres como Sensei Stan Shimit buscam mestres que continuem a mentorea-los. Li certa vez que o Sensei Stan vai ao Japão uma vez por ano e ao Estados Unidos uma vez por ano para treinar e ser orientado e ele é um dos grandes mestres da JKA. Sensei Roberto Santana, 5 dan da JKA, continua indo a Africa do Sul treinar e seu orientado pelo Sensei Stan. Se formos humildes e seguirmos o exemplo desses e outros, penso que podemos formar bons mestres e garantir um futoro adequando para o Karatê no Brasil.
Oss,

[lukel]

Concordo ricardo é assim que se moraliza um esporte como o nosso.

[Neto110]

Ricardo... sou vinculado à JKA do Brasil mas tenho uma crítica à estrutura (organização) do sistema de formação continuada de instrutores de todas as organizações.

Isto é uma crítica que vale para todas as instâncias aonde a educação continuada é necessidade.

Um curso de qualificação neste sentido implicaria em mais que um evento asssociado a uma visita internacional por ano, que é o que vejo ocorrer  com o instituto JKA do Brasil. Houve um curso de qualificação de instrutores e nunca mais.

Eu, que cheguei depois estou esperando um novo. Ocorre que além de karateka, sou professor e estudioso da questão da cultura do movimento e organizo cursos de qualificação assim. Ou seja, imagine a minha motivação em ficar esperando participar de um curso que deve ser tão bom que nem os organizadores se empenham em fazê-lo mais. Aí, um dia me chega um comunicado que um mestre internacional virá, ficará no Brasil 1 semana fora de feriado e período de férias e aí eu tenho que me virar para pagar uma fortuna para ouvir o óbvio: que não sei isto, que não sei aquilo, como se fosse este o propósito de um professor.

Sempre aprendo algo em todos os cursos mas há cursos bem organizador e mal organizados, cursos bem planejados e mal planejados. INfelizmente ainda estou buscando organizações que os façam mais que sofríveis e não sei se há como conseguir isto.

[RicardoCosta]

Olá Neto.
Concordo completamente com suas colocações. Como em muitos outros casos a teoria é uma coisa a prática é outra. A proposta do Instituto JKA é bom, mas por sua descrição não funciona na prática. Em todos os casos, penso que a linha de raciocínio segue na mesma direção. É importante estarmos vinculados a alguém e buscarmos aperfeiçoamento se nos propomos a ser professores. Não estou dizendo isso em relação a você, pois está mais que claro, por várias de suas colocações aqui, que você é alguém sério e que busca continuamente isso, tanto receber como oferecer. Mas minhas colocações é para a contribuição do fórum em geral. Infelizmente as instituições, de modo geral, estão falidas em nosso país, mas devemos trabalhar para a recuperação de algumas coisas.
Oss.

[Neto110]

Você está certo em todas as suas colocações Ricardo.

Precisamos mesmo de gente interessada em trabalhar com esta questão de modo sério e não ligado a vaidade ou poder (nem sei se há diferença prática entre estas duas).

[RicardoCosta]

É também não sei se há diferença....Lamentável.
Oss.

[Okuyama]

Olá,

sobre o tal curso de instrutores da JKA-BR (só o que vi pelo site, acho que não conheco ninguém que tenha feito) me parece um curso para certificar que a pessoa tem um mínimo para ser instrutor...
não é algo que vá transformar alguém que não consegue nem ensinar outra pessoa a amarrar a faixa em um grande instrutor...

Acho que quem se propõe a ensinar Karate profissionalmente, deveria ter um curso superior... Quem vai levar a sério um instrutor que disser por aí que estudou pedagogia na JKA??

O que a instituição deveria fazer é elaborar critérios e certificar os profissionais que atendam a estes critérios...



até mais,

Fabio Okuyama