Autor Tópico: KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????  (Lida 10770 vezes)

marascas

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #30 Online: Agosto 30, 2004, 13:43:28 »
Perfeito!!! Agora entramos em acordo.
Foi uma ótima discussão....
Abraços!

Offline Sakuraba

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #31 Online: Agosto 30, 2004, 16:13:05 »
ou eu tive um sensei realmente ruim... o que eu acredito que não, ou sou burro oq não consigo ver os bunkais como alguma coisas aplicavel... eu encaro os kata muito mais como um treino fisico do que qualquer outra coisa

Neto110

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #32 Online: Agosto 30, 2004, 16:38:57 »
Sakuraba, todos os movimentos de kata escondem técnicas muito eficientes, ams não tenten aplicar o adversãrio no kata mas o kata no adversário.

Marascas... a discussão está excelente e só começamos. O ótimo do diálogo (ambos transmitimos informações um ao outro) é que ele abre portas, podemos cada vez comunicar mais com menos palavras porque assimilamos intuitivamente o que foi dito.

Os outros que acompanham podem aprender também, claro, mas ambos aprendemos muito proque nenhum de nós tem idéias fixas e travadas, estamos abertos à discussão.

Offline Luiz

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #33 Online: Agosto 31, 2004, 18:18:30 »
Marascas...

Vc cita o karate europeu com estando em um nível bom....

Vc acredita que eles estão num nível bom pq são organizados, os dirigentes visam o engrandecimento do verdadeiro caminho do karate, são pessoas idôneas, conceituadas entre os praticantes ou pelo fato deles estarem se destacando nos campeonatos mundias WKF?

Vc ja teve contato com os não participantes de campeonatos para saber se realmente existe um desenvolvimento do espírito do karate na Europa?

Digo isso pq sinceramente acho que o rumo que o karate tomou é geral em todos os lugares e não somente no Brasil. Infelizmente!!! :cry:

Oss...

Luiz
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Neto110

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #34 Online: Agosto 31, 2004, 22:06:12 »
só um comentário filosófico: destacar-se em campeonatos aonde as regras fui eu quem fiz para meu modo de treinar e meu biotipo é fácil. Principalmente se todos que não concordam simplesmente não vão.

marascas

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #35 Online: Agosto 31, 2004, 22:14:53 »
Infelizmente você tem razão. Os karatecas do mundo todo estão perdendo a essêcia do "Caminho do Karate"...
Quanto à Europa, digo que eles são "bons atletas e técnicos" nas competições. No último mundial a França levou 6 ouros, o Japão 4 apenas... Quando a parte moral e filosófica, acredito que seja o mesmo que em outros lugares: depende do professor!!! Tem dojos e academias....
Acho que o maior erro é acreditarmos que somente a pratica nos levará a algum estado de plenitude zen. É necessário estudar e praticar o DO. Se apenas a prática técnica e física fosse suficiente, um jogador de qualquer esporte seria uma pessoa altamente evoluída no sentido filosófico, mas não é isso que se vê. Nada impede de sermos Karatecas de esporte olímpico e alto nível de rendimento e também aprimorar o DO dentro desse karate. Ser um campeão no Koto, e um campeão em atitudes corretas e estudo dos princípios  morais e filosóficos do Karate. Isso tudo depende de cada um, depende do professor, depende de estudar, ler livros, ler, ler muito, meditar, aprender a aprender sempre!!!!

Neto110

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #36 Online: Setembro 01, 2004, 06:40:03 »
A atual postura de karate esporte não valoriza muito o do. É uma postura materialista resultado é mais importante que tudo. Para mim não é.

Offline Luiz

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #37 Online: Setembro 01, 2004, 08:49:07 »
Sabemos que é utopia acharmos que mudaremos esse desenfreado caminho que está seguindo não só o karate todas as artes marciais. Acredito que, pelo menos, em sua grande maioria, elas estão perdendo sua verdadeira essência.
Mas como eu ja disse antes, se cada um de nós fizer a sua parte, pelo menos podemos colocar nossa cabeça no travesseiro a noite e dormir e entrar com a cabeça erguida onde quer que vamos, isso para mim ja é um grande mérito.

Oss...

Luiz
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Neto110

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #38 Online: Setembro 01, 2004, 09:04:09 »
Boa posição.

Existem pessoas que querem uniformizar o movimento do karate por inseguranças tipo: "Todos tem que fazer como eu, senão como vou conviver com a possibilidade de alguém ser melhor que eu?" este tipo de pensamento não é de modo algum o que passa na minha cabeça. O mundo é diverso, viva a diversidade. A uniformidade favorece um  estado de mente não criativo.

karate esportivo? parabéns, bom caminho.

Eu fazer karate esportivo? Muito obrigado, não quero.

O grande problema não é eu não querer fazer karate esportivo é os adeptos do karate esportivo atacarem todos que não pensam como eles, desrespeitando o direito de libertade de opinião e expressão.

Offline Shogun

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #39 Online: Setembro 01, 2004, 11:03:13 »
OSS!  :lol:

O KARATÉ JÁ É OLÍMPICO
AS NOVAS REGRAS QUE AÍ VÊM!
ENTREVISTA COM ANTÓNIO ESPINÓS
PRESIDENTE DA “FEDERAÇÃO MUNDIAL DE KARATÉ”

     Possivelmente, o Karaté é a Arte Marcial com mais nome em todo o mundo. Durante muitos anos tem representado, e ainda hoje o faz, muito mais que aquela disciplina guerreira japonesa que sistematizou Gichin Funakoshi nos alvores do século XX. O Karaté, para o público em geral, era tudo quanto cheirasse a Arte Marcial do Oriente. Um nome que tudo diz, um mesmo som comum em tantas línguas, que descreve uma actividade; talvez seja este o maior tesoiro do Karaté, mas não o único. O Karaté é uma Arte Marcial... sem dúvida! mas também um desporto... Uma coisa não impede a outra! Um desporto que é praticado por mais de 10 milhões de pessoas no planeta, filiadas às diferentes federações que constituem a “World Karaté Association” (W.K.F.). Este organismo é, para além de qualquer consideração política, o máximo expoente organizativo deste desporto no Planeta. Nesta entrevista conheceremos os matizes da sua história recente, poucas vezes bem contada e sempre escrita por poucos, na penumbra e na distância das camarilhas, dos cadeirões directivos..., excessivamente longe da realidade dos praticantes de base.

     Budo International inicia assim uma relação muito mais próxima com esta federação, definida pelo Sr. Espinós como “Official Partner” (revista associada oficial) da W.K.F. Uma relação que dará, conforme esperamos o presidente Espinós e eu próprio, muitos e bons frutos nos próximos anos. Um acordo que abrangerá muitos espaços de comunicação, desde áreas audio-visuais, vídeos, etc..., até escritas, com o claro objectivo de facilitar o encontro entre os Karatecas e sua federação em momentos chave do seu desenvolvimento; para que se conheça o estado das coisas, as novidades, os por quê, as notícias, e acima de tudo, as razões da actuação de suas juntas directivas, tantas vezes distantes da opinião pública, de modo a permitir a formação de uma opinião, pois são os Karatecas  quem afinal devem empurrar o navio do Karaté, sem no caminho deixar-se enganar por gurus antiquados que continuam procurando perpetuar-se no poder. Um trabalho que nossos leitores irão gozando nos próximos meses e que estamos certos vai ser do agrado da maioria.

     Nesta entrevista, uma exclusiva mundial, descobrimos de primeira mão o que pretende este homem, ao leme de um projecto moderno e renovador para o Karaté do novo milénio. Um Engenheiro de Obras Públicas espanhol, de olhar límpido e tímidas maneiras, que está levando a termo, tranquilo mas firme, a maior revolução na história deste desporto, desde a sua criação. Espinós, sendo como é um verdadeiro monstro político, está no entanto intacto de contaminações tão frequentes nesse meio: Sabe rir francamente, é discreto, nada ampuloso e não pratica o desporto favorito entre os dirigentes políticos, a ego-mania! Incrível! Mas assim é e assim eu o vi para todos vós, após dois dias de entrevista que passo a resumir-vos.
      Este é António Espinós, o primeiro presidente da Federação Mundial que verá o Karaté numas Olimpíadas. Um ponto álgido que abre muitas mais portas que as que podem fechar os temores de uns poucos. Por bem do desporto e também da Arte Marcial! Pelo Karaté ao que tanto devemos, que assim seja! Todos, absolutamente todos, ver-nos-emos beneficiados com isso.
     
     Diz Sun Tsu na sua Arte da Guerra que “um exército é seu General”... Sem dúvida o Karaté tem finalmente um General valioso!

C.N.: Quem é António Espinós?

A.E.: António Espinós é um apaixonado do Karaté, um desporto e uma Arte Marcial que tem-me dado tanto, como pessoa, como praticante, como professor, e ao qual quero devolver esta dívida de gratidão na forma de conseguir fazer vivos os sonhos que não apenas eu, mas a maioria dos Karatecas do mundo temos, fazendo que a sociedade em todos os continentes lhe dêem o lugar que merece como veículo de educação e de melhoria das pessoas. Sou um Engenheiro de Obras Públicas que se dedica à sua profissão, mas para mim o Karaté é muito mais que um hobby, é o complemento da minha vida. Tenho sido praticante, árbitro, professor; desta etapa guardo as melhores lembranças, quando por minha profissão morei dois anos em Castellón de la Plana, tinha meus alunos... dava minhas aulas, etc..., foi uma ocasião maravilhosa para constatar tudo o bom que o Karaté dá às pessoas. Também vivi nessa época todos os males da incorrecta organização, descobrindo as deficiências que como professor, árbitro, ou competidor podia encontrar. Depois permaneci uns anos desvinculado até que desde 1994 até 1996 fui Presidente da Federação Espanhola de Karaté. Então tive ocasião de tentar arranjar todos aqueles problemas que encontrara no passado. Uns consegui e outros não, mas fiz o melhor que soube. Fui o primeiro presidente que não era um profissional do Karaté, e sempre tem havido este debate. Deve ou não ser-se um profissional para ter acesso a estes lugares de direcção? Eu compreendo que como em todo assunto há caras e dorsos; por um lado, não sendo um profissional não podes dedicar todo o teu tempo ao Karaté, mas por outro nada desdenhável, não sendo profissional podes tomar decisões independentes com o único objectivo de conseguir o melhor para o Karaté em si. Isto implica, certamente, uma vocação e um amor pelo que tens entre mãos, pois tua vida pessoal vai ser necessariamente alterada por tantas obrigações.

C.N.: Muita gente vê nestes lugares uma ocasião para os “trepas” e pensa que em toda esta política só há gente que deseja ter poder para ver “o que leva consigo”. O que diria a esta gente?

A.E.: Bem, é importante saber que na Federação Mundial não existe nada disto, nem poder, nem influências, nem nada semelhante. Espero que dentro em pouco possamos manejar-nos a melhor nível e com uns orçamentos mais acordes com a importância deste desporto, mas este dinheiro deve estar ao serviço dos objectivos da organização. Poder? Sim... Mas mais que poder são as possibilidades de transformar o que deve ser mudado para chegar onde merecemos estar. Acredita, sei de muita gente que daria todo o seu dinheiro por estar na minha posição, e de facto já aconteceu no passado! Mas podes ter a certeza que este não é o meu caso.

C.N.: O senhor de que vive?

A.E.: Há já 25 anos que vivo da minha profissão como Engenheiro de Obras Públicas, da qual sinto muito orgulho... e que, por certo, faço com bastante êxito!

C.N.: Quais são os caminhos que este “Engenheiro de obras públicas”, quer abrir para o Karaté?

A.E.: Quando cheguei a este lugar fi-lo com três objectivos principais:
A reorganização da Federação Mundial, despertá-la do letargo  a que estava submetida, a modificação dos regulamentos de competição, que é algo importantíssimo e acima de tudo, o Olímpismo.

C.N.: Olímpismo para quê?

A.E.: Bem, não é tanto por estar de quatro em quatro anos presente nas Olimpíadas, antes sim pelo que o movimento Olímpico significa na sociedade de hoje. Neste ano como presidente já consegui um dos objectivos que me traçara e o Comité Olímpico reconheceu a Federação Mundial de Karaté. O Comité não reconhece os desportos, os desportos estão aí... têm vida própria, o que o Comité faz é reconhecer federações mundiais como únicas representantes de um desporto a nível mundial. Um ano e meio atrás isto era quase impossível e aqui está. (Dá-me a carta de Samaranch que aparece na foto junta, nela se reconhece a WKF desde o Comité Olímpico. Reparem na assinatura de Samaranch! Deve ser todo um personagem!). Aqui estamos para trabalhar e não paramos nestas conquistas por muito importantes que sejam. Até Outubro de 2000 em Munich, temos aberto o debate sobre os novos regulamentos de competição. Apresentamo-los nos Campeonatos do Mundo junior e cadete de Sófia e para essa data, espero que com a aquiescência de todos, possamos aprovar estes regulamentos que supõem uma revolução no mundo do Karaté e que impulsam a natureza desportiva deste desporto, sem deixar de lado e mantendo sempre o equilíbrio com a sua vertente como Arte Marcial. Entrarão em vigor a partir de Janeiro de 2001.

C.N.: Bem, em dois anos seria mais que bom para qualquer pessoa! Quanto tempo dura o mandato de um Presidente na Federação Mundial de Karaté?

A.E.: Com os actuais estatutos, seis anos...

C.N.: Isso significa que vais ver cumpridos os teus objectivos? Teremos Karaté nas Olimpíadas?

A.E.: Eu tenho a certeza que vou ser o primeiro presidente a ver o Karaté nas Olimpíadas...

C.N.: Podemos dar esta notícia aos nossos leitores?

A.E.: Podes dizer que confiem em que estamos trabalhando para isso e que está sendo feito “tudo” o necessário. A condição indispensável para ser Olímpico é ter o reconhecimento do Comité Olímpico. Isto já foi conseguido e se bem não é suficiente, posto que é preciso entrar no programa Olímpico, apresentamos  a nossa candidatura ao Comité Olímpico Internacional, e ao Comité Olímpico de Atenas 2004; já temos uma proposta completa apresentada, que vos mandarei e acreditamos que neste momento o Karaté, com o impacto social que no Mundo tem, não pode faltar em uns Jogos como os Olímpicos, que devem representar uma amostra do que é o desporto no Mundo. Esta decisão vai ser apresentada de modo executivo muito em breve e estou convencido de que será positiva... como não podia ser de outra maneira!

C.N.: Qual a contribuição do Karaté como desporto, que não tenham outros como o Futebol ou o Atletismo?

A.E.: O espírito desportivo cristalizado na alma das Olimpíadas é maravilhoso, mas além disso o Karaté possui valores extraordinários, pois é e continuará sendo muito mais que um desporto. O Karaté forma as pessoas, fá-las melhores, educa-as... Pode haver karatecas bons, maus ou mais ou menos, mas sempre serão melhores como pessoas que não praticando Karaté. Eu estou convencido disto e acredito que também toda a gente que pratica o nosso desporto.

C.N.: O que significaria o Olimpismo para o Karaté em geral?

A.E.: Há muitos paises onde os jovens não têm possibilidade material de ir a um Ginásio, a um Centro onde fazer Karaté, isto geralmente vai acompanhado e significa marginalidade, pobreza e uma paupérrima educação; se tivessem a possibilidade de praticar Karaté isto mudaria em parte. O Karaté forma muitos aspectos da personalidade do indivíduo, alguns dos quais não se ensinam nem sequer nas escolas. Uma pessoa que faz Karaté adquire segurança em si mesma, aprende a conviver em outro contexto, com respeito, aprende higiene, e adquire umas referências pessoais e sociais que o enriquecem por pertencer a um grupo que o positiva e faz crescer como pessoa. No Mundo há milhões de crianças na rua, que poderiam ser melhores pessoas, formar-se melhor como adultos plenos e úteis para a vida e a sociedade. Em muitos, muitíssimos países, os governos só apoiam economicamente os desportos Olímpicos, os não Olímpicos não recebem nada de nada! O trabalho que o Karaté pode realizar no Mundo é magnífico, de facto já o é! Mas as possibilidades que o Olimpismo abre são incríveis.

C.N.: Quantos praticantes filiados tem a Federação Mundial de Karaté neste momento?

A.E.: Filiados à Federação Mundial há pouco mais de 10 milhões de praticantes, e milhares e milhares de Clubes. Praticando Karaté sem dúvida há-de haver ainda mais, mas como organização nenhuma outra conta com este volume de afiliação.

C.N.: A história dos últimos anos do Karaté tem estado salpicada de numerosos acontecimentos, lutas e situações, por assim dizer “pouco conhecidas”. O que se pode contar e o que não? O que podemos dar aos nossos leitores nesta entrevista, para esclarecer os últimos e tempestuosos anos do Karaté desportivo?

A.E.: Eu penso que tudo pode e deve ser contado! Por isso aproveitei esta oportunidade de dirigir-me a tantos milhares de leitores com que conta este meio em cinco idiomas e em tantos países... Não, não há que ocultar!... Muito pelo contrário! Mas isso sim, talvez alguém não goste que eu diga algumas coisas! Mas são a verdade e toda a gente deve poder saber.

C.N.: O que houve de todas essas famosas controvérsias com Jacques Delcourt e a sua gestão com a WUKO?

A.E.: Jacques Delcourt é uma pessoa essencial para entender a Federação Mundial, a Francesa e a Europeia... Ele marcou uma etapa que teve seu tempo e passou. Um final que deveria ter chegado muito antes!...  Aproveitou o auge das décadas de 60 e 70 para constituir a WUKO. A WUKO foi uma organização que estancou em seus últimos anos, por falta de liderança. A falta de visão do próprio Presidente Delcourt chocou frontalmente com umas hipotecas provenientes de seu próprio imovilismo, que agora eu estou tratando de levantar e que está-me custando muitíssimo... Em qualquer caso temos de estar contentes porque em 1998 todos nos unimos, de acordo em começar uma nova etapa. Tem sido um processo difícil este de modificar umas estruturas de poder com o estabelecido alí presente. Não podes imaginar o que tem sido!

C.N.:  Como se desenvolveu a mudança?

A.E.: Tudo começou em 1994, na Malásia. Durante as eleições perderam o seu lugar alguns dos “portaestandartes” de Delcourt como Fritz Wenland, Vicepresidente da Mundial na época e que agora criou uma outra organização! – como tantos outros, prefere ser cabeça de Rato que cauda de Leão-. Bem, esta foi a maneira de manifestar o nosso desacordo com a equipa que dirigia Delcourt. Surgiu então um movimento imparável. Acredita, se tivesse havido a menor possibilidade de o parar, eu não seria agora Presidente da Federação Mundial! Pois apesar de ser o líder de um movimento tão importante dentro da Federação, em 1996 estive a pontos de ser desfenestrado pelo poder estabelecido como primeiro Vicepresidente. Bem..., não conseguiram e no Brasil ganhamos. Havia gente disposta a dar tudo por não perder o poder, foi realmente difícil e felizmente isto já mudou muito, tanto nas formas como nos conteúdos.

C.N.: Em que não concordavam a equipa de Delcourt e a que tu lideravas?

A.E.: O que era WUKO em 1985 teve o reconhecimento do Comité Olímpico Internacional. Este é um dos poucos casos na história do Olimpismo de perda de tal reconhecimento, supostamente por uma péssima gestão do presidente! Quando as coisas vão bem o presidente como líder é o responsável, mas quando vão mal também o deve de ser. Não é justo? Desde 1992 vínhamos lutando por conseguir o reconhecimento do Comité Olímpico Internacional. Por causa de uma política totalmente errónea do presidente Delcourt e sua gente, não conseguíamos... e nunca teríamos conseguido se não tivesse vencido as eleições de modo a puder defender o ponto de vista que desde 1994 preconizara sem êxito! Nós dizíamos: Somos o organismo que representa o Karaté no mundo; mais de 90% dos Karatecas são nossos filiados, presentes nos cinco continentes, em mais de 160 países, mais de 10 milhões de filiados, ou seja, cumpríamos todas as condições que a carta Olímpica requeria para que uma federação internacional como a nossa fosse reconhecida.
     Uma coisa tão evidente quanto isto, não tínhamos sido capazes de o fazer ver! Qual o motivo? Por falta de liderança, por falta de uma organização moderna e adaptada aos tempos que corriam. E tudo por causa de uma organização minoritária, a ITKF. Uma organização como a nossa frente a esta outra que estavam claramente em minoria!... e ali estávamos... À espera de que alguém do Comité Olímpico Internacional viesse um dia trazer-nos em bandeja de prata, um envelope com o reconhecimento! Quando queremos alguma coisa é preciso sair em sua procura! É preciso demonstrar àqueles que têm de tomar uma decisão por ti, quem és, o que representas, por que queres o que queres e o que pensas fazer com isso. Tudo isto fomos capazes de fazer com a nova directiva, num tempo recorde, em apenas um ano.

C.N.: Quais os passos a seguir agora?

A.E.: Tentar estar muito perto do Comité de Atenas de 2004, da cúpula do Comité Olímpico Internacional e fazer-lhes perceber com claridade que o facto do Karaté estar presente nas Olímpiadas de Atenas não entrará em conflito com alguns de seus temores, especialmente com o gigantismo dos jogos. Nós fizemos uma proposta de 88 participantes e que a própria Federação encarregar-se-ia de todas as despesas, para que durante um dia e meio de competição num solo tatame tivessemos o Karaté nas Olimpíadas... Afinal, uma coisa mais que razoável.
     Os benefícios que tal acontecimento causaria a este desporto seriam magníficos! Entretanto, esta é uma mensagem difícil de transmitir... Afinal, o mais difícil é comunicar e isso estamos trabalhando com afinco. Deste ponto de vista, a difusão desta ideia através deste meio especializado, é básica e fundamental.

C.N.: Há poucos dias, comentava-me Mike Anderson USA, (o “pai” do Full-Contact, semi-contact, as formas musicais e tantas outras coisas), que na sua juventude como competidor teve que “sofrir” uma arbitragem de Nishiyama. Aconteceu durante um Open e ele, que era muito mais pequeno que o seu contrincante na final, e após observar que Nishiyama obviava toda técnica de pernas que ele executara contra um lutador da organização que o próprio Nishiyama liderava, e vendo perdido o combate fizesse o que fizesse, foi por todas e realizou um pontapé em salto e rotação que derribou seu oponente, deixando-o K.O. O público rugiu de furor e Nishiyama viu-se e desejou-se para o desclassificar, não sem antes escutar a maior assobiadela da sua vida. Este exemplo ilustra uma situação real. No mundo da televisão e dos espectáculos olham com desconfiança para o Karaté, o Taekwondo ou o Judo, pois as suas regras resultam confusas frente à simplicidade do Boxe. Ás pessoas não praticantes (e até aos praticantes!) resulta de difícil compreensão o que acontece nos combates, as decisões arbitrais são demasiado discrecionais e o resultado é... confusão e aborrecimento. O patrocinador, a audiência, os meios, tudo está em função de que o espectáculo funcione. Sei que na Federação Mundial estão trabalhando para mudar o regulamento. Como leva o... chamemos-lhe assim... “frente tradicionalista”, isto das “novas regras de competição?”.

A.E.: Bem, para resumir muito direi que hoje o Kumité é um festival de tsukis, geralmente mal dados. O regulamento arbitral, fez com que os treinadores logicamente queiram aproveitar-se dos vazios deixados pelo próprio regulamento. O actual regulamento penaliza as técnicas espectaculares, não as pontua de forma suficiente para que mereça a pena tentá-las; uma técnica como um Ura Mawashi tem certas possibilidades de ser contra-atacada, e para que possam marcar dois pontos em tua conta e ninguém se arrisca a realizá-la. O regulamento e a arbitragem sempre vão na frente da competição. Não é que os competidores não saibam realizar estas técnicas, é que as próprias equipas limitam-nas. É preciso estimular estas realizações adequadamente, são as que o público gosta e com certeza também os próprios competidores! Definitivamente, deve de existir um equilíbrio entre as técnicas de pernas e braços.

C.N.: Já ensaiaram o regulamento?

A.E.: Sim, e os resultados foram excepcionais. Foram vistas técnicas que havia muito não se viam em competição e o público também reagiu muito bem.

C.N.: De que constam estas mudanças? Certamente, os nossos leitores que gostam de competir querem saber algo mais.

A.E.: Bem, estamos em fase de reflexão e de discusão, mas algumas das coisas propostas mais importantes, são por exemplo a de agrupar em apenas dois tipos as penalizações, em vez de em três. Assim, ficariam só dois grupos, as que têm a ver com a segurança do competidor e as que não se referem a isso..., que não sejam acumuláveis entre si, tiraríamos por exemplo a das saídas. Os limites de tempo tal e como estão agora são absurdos. Com as novas regras os competidores terão que estar mais preparados para aguentar um combate, e isto fá-los-à sair melhor preparados atleticamente.
     Um dos problemas do actual regulamento é que dá muita margem aos árbitros para ajuizar as acções e decidir se algo é Wasari ou Ippon. O regulamento diz algo tão peregrino como: Uma técnica sempre é Ippon; se está realizada a um 80%; a um 90% é Wasari. Este tipo de coisas permitem uma discrecionalidade dos árbitros tão enorme que, sem ninguém pensar que são pessoas mal intencionadas, pode resultar-lhes difícil discernir se uma técnica foi executada a um 70 ou a um 90 por cento. No final isto faz que as mesmas técnicas pontuem de forma diferente, e isto é muito mau para os competidores e para o próprio desporto. Estamos tentando que seja objectivo, por exemplo: golpe de punho ao corpo ou acima é 1 ponto. Golpe de pé ao corpo 2 pontos. Punho à cabeça 3 pontos, varrimentos marcando efectivamente, são 3 pontos, e desequilíbrio do adversário batendo atrás são dois pontos. Também se pensa na possibilidade de 4 pontos para técnicas espectaculares, mas isto de momento está em discusão. Este é o esquema, a técnica só pontua quando está perfeitamente feita. O árbitro não tem tanta discrecionalidade como no actual regulamento. Veremos muitas técnicas de pé, mas isto não significa que desapareçam as de punho, nem muito menos! Em qualquer caso aí estamos nós para continuar o ajuste!

C.N.: Bem, isto parece bem, mas com certeza não será fácil!... Por quê o seu empenho em guiar o navio para estas mudanças?

A.E.: Certamente não será fácil! Eu estaria muito mais descansado deixando as coisas como estão, ou seja: Mal! Estaria mais seguro no meu lugar, mais confortável perpetuando este disparate... mas este não é em modo algum o meu desejo. Eu não estou aqui para me agarrar com os dentes à cadeira, mas sim para servir o meu desporto fazendo o que acredito seja melhor para ele, por isso estou lutando! Mas não sou só eu a ver assim as coisas. Por fortuna, dois terços dos países presentes no Brasil durante as eleições, apoiaram meu programa e a minha candidatura, de maneira que me sinto acompanhado. O que acontece é que há fracções imovilistas, as quais, devemos reconhecer, fazem muito barulho! Claro, este desporto maravilhoso que é o Karaté, por como é e por sua origem, dá lugar a muitas e muito belas lealdades, que por vezes são mal usadas e deixam espaço para uma demagogia fácil e apocalíptica. Do Japão muitos Mestres viajaram à América. Nestes países estes indivíduos ainda têm grande influência. Faz-me lembrar quando em 1984 eu cheguei à Federação Espanhola, ainda alguns destes indivíduos punham e depunham presidentes! Estes senhores têm de estar onde devem estar, em seus Dojos, como grandes Mestres e fazendo o que durante tantos anos têm feito, ensinar a todos. Devemos agradecer-lhes ter feito do Karaté um grande desporto; mas daí a que influam nas federações nacionais não me parece correcto! Muitos destes indivíduos estão emprestando a sua vóz ao imovilismo, considerando que as novas regras modificam a natureza do nosso desporto e podem acabar com a Arte Marcial... Qualquer pessoa que as leia verá que isto é uma solene estupidez! Eu tentei convencê-los, visitei o Japão para se explicar as razões das mudanças, mas vejo-os pouco abertos... Mas para fazer uma mudança “a meias” frefiro não fazer mudança, e como quero fazer a mudança, pois vamos a isso! Eu gostaria de não ter que o fazer em contra de ninguém, mas afinal se fôr preciso será feito e tenho a certeza que o tempo demonstrará que estamos fazendo o que é correcto.

C.N.: O que acontece com as katas?

A.E.: Queremos ir ao sistema de bandeiras, como em Kumité, de pull, para a eliminação com só 3 juízes. Agora há muitos mais juízes... Além disso, dois terços dos juízes actuais qualificados para Kata, são japoneses...

C.N.: Isto deixaria em casa  muita gente que talvez gostassem de viajar por conta alheia...

A.E.: Sim claro, mas além disso os competidores japoneses são julgados por compatriotas seus, e tal e como estão as coisas agora, e quanto à quantidade de juízes necessária, faz-se do todo impossível colocar juízes neutrais. Se os reduzimos a três, já seria possível e as coisas mudariam muito.
     Mas há mais absurdos! Por exemplo: o regulamento actual não permite introduzir variações nas katas. Gostava de ver um só competidor que faça um só kata sem variações! Até os próprios japoneses dentro das suas escolas têm variações num mesmo kata. Afinal, mais uma vez estamos sujeitos à discrecionalidade dos árbitros!
     Quando propomos que se permita o kata livre na primeira volta para na segunda ir à execução de um fixo, alguma pessoa muito qualificada – ao menos em teoria – da federação japonesa disse que “isto destruiria a Arte Marcial”. Mas senhores, se os senhores mesmo na sua federação estão pontuando estas variações constantemente, enquanto que o regulamento afirma que toda a execução com variações supõe a desclassificação! Em resumo, as mudanças devem ir devagar e é o que estamos fazendo; faz falta tempo para que os japoneses integrem as razões que nos conduzem nesta direcção. Queremos também estabelecer uma lista de 8 Katas fixos. Qual o juíz que pode saber os 100 katas com todas as variantes? Como podem honestamente julgar coisa como variante ou não, se as não sabem todas? Mais uma vez temos de estabelecer critérios lógicos.
     O Karaté é um desporto e também uma Arte Marcial, mas isto é uma federação desportiva e temos de ir em frente com o projecto desportivo. Se conseguirmos estes objectivos que venho propugnando, os ginásios, vão ter muitas mais pessoas a praticar e a ensinar a Arte Marcial! Vê bem, é preciso falar com claridade, isto é simplesmente um jogo de poderes; o que defendem as fracções imovilistas é
Insostenível e carece de mais argumentação que o “aqui estou eu e daqui ninguém me tira”, mas quero dizer claramente que vamos conseguir, inclusivamente para o benefício daqueles que não querem a mudança!

C.N.: Como se financia a Federação Mundial?

A.E.: A financiação é a partir das quotas das suas federações; há uma quota por país o outra por participação. Antes havia uma quota fixa e isto também foi modificado por mim porque não parecia justo; agora paga-se por competidor, sem ter subido as quotas, de modo que países que trazem menos competidores pagam menos do que pagavam dantes, e países que trazem mais, pagam mais que dantes. A quantia manteve-se, sendo agora muito mais justa e mais equilibrado o sistema. A quota de membro são 1.300 Francos Suíços por ano e a quota de participação em um mundial num país como França ou Espanha, que participa com todos os seus competidores, não supera os 500 Francos Suíços, mais ou menos.

C.N.: Bem, isto parece-me muito pouco dinheiro para uma federação tão grande. Qual o orçamento anual da sua Federação?

A.E.: Uns 200.000 Francos Suiços por ano.

C.N.: Continua parecendo-me pouco para tudo o que está sendo feito e para o que quer fazer...

A.E.: Sim é pouco, mas esperamos novas receitas através de homologações de material desportivo, com diferentes marcas, esperamos conseguir entrar através do Site da Federação na Internet. Estamos procurando novas fontes para ampliar a receita, independentemente das entradas que tivermos quando sejamos Olímpicos, receitas que nos permitam enfrentar de outro modo o trabalho de organização e crescimento do Karaté mundial. Faz falta uma equipa profissional e competente que permita que isto avance ainda mais rapidamente... mas repara, que sem meios económicos avançamos no último ano mais que nos 10 anos precedentes. É preciso ter dinheiro mas o mais importante é saber como gastá-lo e eu sei como! Se a equipa anterior tivesse tido um milhão de dólares teria sido a mesma coisa, porque não sabiam como gastar.

C.N.: Como definiria a colaboração que a nossa revista inicia com a Federação Mundial de Karaté, a partir deste número?

A.E.: Há uma definição muito significativa em inglês, a de “Official Partner” que expressa muito bem o espírito de colaboração que iniciamos com o vosso meio. A verdade é que uma Federação como a W.K.F., não pode permitir-se ao luxo de permanecer á margem de uma realidade mediática como na que se tornou Cinturão Negro, não só por a sua cobertura como também por sua influência na opinião do mundo das Artes Marciais. Não podemos permitir-nos ao luxo de não aparecer como parte activa numa revista como a vossa. Tentaremos estar o mais presente que nos seja possível, claro está que sem entrar em discordância com os objectivos da revista.

C.N.: As Federações Nacionais estarão sabendo desta relação?

A.E.: Claro que sim! Isto será oficial e tem de ter todos os pareceres necessários dos nossos membros.

C.N.: Senhor Presidente foi muito revelador falar consigo e estou certo de que para os nossos leitores, especialmente para os Karatecas, também o será. Obrigado por sua consideração para a nossa revista e por o seu bom trabalho.

A.E.: Obrigado.

Um Abraço e Bons Treinos

SHOGUN

OSS!  :lol:
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Offline Sakuraba

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #40 Online: Setembro 01, 2004, 11:10:16 »
entrevista com psicografada com Ginchim Funakoshi


O karate será olimpico?

Sim será estou fazendo todo o possivel para isto....


 :roll:

marascas

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #41 Online: Setembro 01, 2004, 12:36:02 »
Gostei da parte daqueles que saem porque perderam o poder:
"prefere ser cabeça de Rato que cauda de Leão"

Mas essa entrevista é de 4 anos atrás....
Já estamos utilizando essa regras com total sucesso!

Offline Renê

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #42 Online: Setembro 01, 2004, 12:40:07 »
Creio que esta entrevista foi feita antes de 2001, após a implantação das novas regras da WKF, para adaptar o karate às olimpíadas. Porém, como vimos, o karate não entrou, por motivos diversos citados neste tópico.
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Neto110

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #43 Online: Setembro 01, 2004, 16:48:46 »
Este capítulo eu não conhecia.

realmente me desliguei da evolução política do karate a nível mundial, que, digo, está mal representado em nosso país, porque aqui impera a "mentalidade Decourt".

Sobre as variações dos kata, faço coro com ele.

Sobre montar um campeonato de karate aonde todos os estilos tenham a mesma chance só se destruir todos os karate e fizermos um novo. Quando isto ocorrer, estarei aqui no meu reduto ensinando um karate chamado antiquado pelos "modernos" mas que tem raiz, sabe daonde veio e aonde vai enquanto este aí eu realmente não sei falar.

Offline Luiz

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KARATE OLÍMPICO! Será que vou morrer e não vou ver isso ????
« Resposta #44 Online: Setembro 01, 2004, 17:27:53 »
Sinceridade...

Pra quem ta trabalhando como eu to agora e entro rapidamente pra dar uma olhada no que ta sendo comentado um post como esse do shogun só se copiar e levar a noite pra ler em casa....desculpe ai Shogun mas muito grande, não li ainda e nem sei se vou ter tempo de ler.... :cry:

Oss...

Luiz
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