Tópico: Associação Japonesa de Karate(JKA-NKK)...

[fcsergio]

Será um prazer Lucas.
Quem sabe em desses próximos encontros, heim? Você esteve nessa última Clínica de Karartê da CEPEUSP com a seleção universitária japonesa?
Vi alguém comentar em um dos fóruns que não aguenta mais ir aos os mesmos cursos, sempre com as mesmas informações e que preferiu sair do treino e fazer isso separadamente com um grupo de amigos. Eu discordo, pois mesmo com tanta repetição a grande maioria dos karatecas presentes  continuava fazendo errado.
Karatê necessita muita, muita repetição, até cansar de ouvir e de fazer, e ainda não é o suficiente para automatizar a informação transmitida. Continuamos errando pequenos mas importantes detalhes.
Ontem meu prof. aqui de Taubaté (Ronaldo Fraga-5o. Dan) foi campeão paulista em Kumitê individual (categoria senior  > 45 anos) e vice-campeão por equipe.
Legal, fico feliz por ele que é um cara muito técnico e treina bastante. Ele vai ficar mais motivado um tempão e consequentemente isso beneficiará muito todos nós (alunos).
Um forte abraço.
OSS!

[Neto110]

Em didática naõ se fala em processo de aprendizagem, mas também em processo de ensino. Quando naõ há progresso algo está errado aí.

Se a mesma coisa é ensinada e todos continuam fazendo errado, são os alunos que naõ sabem aprender ou é o professor que não sabe ensinar?

[fcsergio]

Nenhum dos dois Neto.
Algumas coisas sempre serão mais difícil de aprender do que outras, e aí está o pulo do gato, o diferencial que fará você diferente de um outro atleta, pois o feijão com arroz todos acabam aprendendo e fazendo mais ou menos.
É impossível conceber um ginásio cheio de atletas graduados (maioria faixa preta), de todas as regiões do Brasil, sendo corrigidos pelos mesmos erros que na realidade são pequenos detalhes mas que podem  fazer uma grande diferença. As vezes nós atletas não conseguimos entender e assimilar isso. Somente dominando esses "detalhes" é que se evoluirá.
Por ex. : conheço pessoas que estudaram inglês durante uma eternidade e não falam fluentemente e outras jamais conseguirão pronunciar determinadas palavras corretamente. Não é falta de empenho ou deficiência do professor, mas acontece.
Se entendermos que o karatê necessita dessa mesma "fluência" para evoluir e depois mudar de grau, fica mais fácil de entander.
Por que motivo um 5o. Dan geralmente tem mais "fluência" em karatê que um 1o. Dan ?  Provavelmente porque treinou mais, viu mais, repetiu muito mais vezes e portanto faz melhor e assimila melhor novas informações (maior bagagem). É simples! O resto fica por conta do talento individual, porém talento só não é tudo, haja visto o quão homogêneo é o nível dos atlatas japoneses que treinam seriamente e nem todos são campeões, mas apenas uma minoria.
Tudo depende do grau de seriedade de se leva o karatê e quem frequenta esses Gashukus geralmente busca por esses refinamentos e tentar os colocar em prática até o próximo encontro e conferir se aprendeu realmente. Esses detalhes diferenciam um professor de seus alunos ao invés de simplesmente ser o melhor de porrada.
É muito difícil corrigir um vício quando se percebe após muito tempo. As vezes você morre tentando e quando se distrai está fazendo errado novamente, concorda. O próprio Prof. M. Tanaka (tri-campeão mundial) vai morrer dando soco abrindo o cotovelo ....!!!. Imagina se socasse reto (ehehehehehe...)!!!!!
A maioria dos praticantes treina de  2 a 3 vezes por semana (quando a profissão permite) e esquece do esporte quando cruza a porta da rua (e até a próxima aula !). O resto é a minoria.
Considerando o número de praticantes de karatê, não vai tanta gente assim nesses encontros, concorda. Quem vai é porque está disposto a se refinar e não ser um atleta a mais, igual a todos os seus colegas que treinam no mesmo horário.
Um abraço.
Sérgio.

[Neto110]

Mantenho meu questionamento.

O karate ensinado amadorísticamente vai sempre trombar com estes problemas e o problema será sempre dos outros nunca do método.

Os japoneses tem um modo de pensar e ensinar diferente do nosso, infelizmente o método deles naõ é adequado para a grnade maioria dos brasileiros, só uma minoria alcança o aprendizado porque (segundo imagino) adota um pouco da mentalidade oriental e consegue proveito.

Karate se insere num campo do conhecimento (notar quen não estou aqui querendo explicar todo o karate com a linguagem científica, não é possível, vou me ater à questão movimento, porque foi citado por você  - e é o que vemos mesmo    - que as pessoas vão aos cursos e continuam "fazendo tudo errado") que é o cmapo da cultura corporal e este campo de conhecimento tem seus métodos.

Se eu ensino e sistematicamente o erro é o que meus alunos fazem eeu tenho que questionar o porque:

- eu não ensinei corretamente (eu não falei a coisa direito)
- eu falei uma coisa e foi ouvida outra
- eu falei eles ouviram mas não dão conta
- eu falei eles entenderm, não conta e naõ querem fazer

Simples assim (devo ter esquecido alguma opção.. completem aqui), mas tem uma epxlicação.

Apresentar que é ficar convivendo com um mestre e repetindo sem ele abrir a boca para ensinar e falar que está ensinando não é algo que considero exataemtne um primor de didática para nós ocidentais.

Eu indico repetir mil vezes para um mais graduado aqui mas se lee repetir 1000 vezes errado estára treinado errado e dificultando as correções futuras.

Bem, não estou criticando uma ou outra organização mas tentando refletir porque muitas vezes não se tem proveito real além do "foi bom" desapaixonado que ocorre quando naõ estamos relamente convencidos que o treino valeu a pena mas naõ queremos falar nem para nós mesmos por algum motivo.

[Luiz]

Neto, entendo que esse problema que vc citou se resume em COMUNICAÇÃO.

Se a resposta ao que foi pedido não vem a contento, ou existe uma limitação do aluno no caso ou a comunicação foi deficiente.

Só existe comunicação se vc for claro e objetivo o suficiente para que a pessoa tenha condições de lhe dar a resposta.

Alguns podem dizer que num grupo de 100 pessoas 70 fazem certo e 30 não. Na minha opinião a comunicação não foi correta para essas 30 pessoas.

Oss...

Luiz

[Neto110]

POis é Luiz, mas no campo do ensino isto e objetode estudo da pedagogia e eles têm outros nomes para todas estas questões.

Aceitam-se limitações em trabalhos amadores mas quando se estuda e se prepara a questão é encarada diferentemente.

[katsumoto]

Acho que nem sempre é culpa do profesor.tem gente que não aprende mesmo....dificuldades psico-motoras dentre outras coisas.O que não quer dizer que o Karate não traga a essa pessoa outros beneficios já conhecidos por todos.
O Karate precisa ser entendido como uma arte com varios objetivos,não sómente o de formar bons lutadores.
Conheço Karatecas que usam cadeiras de rodas, Karatecas deficientes fisicos etc...E nem por isso deixam de merecer a faixa-preta,nessa caso merecida por esforço pessoal, dedicação etc....

[Luiz]

Exatamente Katsumoto, por isso citei a frase abaixo:

[Se a resposta ao que foi pedido não vem a contento, ou existe uma limitação do aluno no caso ou a comunicação foi deficiente]

Oss...

Luiz[/quote]

[Neto110]

Mas não estamos falando da média? O Katsumoto toca um ponto importante: a atividade física bem orientada sempre resultará algum benefício para seus praticantes, ams estamos falando de Karate e da grande maioria.

[Lusitano]

Tem também nesse caso a diferença entre "errar" e "fazer errado", quem "erra" sabe o que é certo e por algum motivo não consegue fazer, esse indivíduo aprendeu mas precisa treinar para fazer certo, quem "faz errado" faz acreditando que está certo e não tem conciencia do erro, esse sim não aprendeu, a partir daí se tem que pesquizar aonde foi a falha, mas com certeza foi de comunicação, seja ela do locutor ou do ouvinte.

Abraços!!

Deni Bravo/Ass. Gaviões/Lusitano

[Neto110]

Deixa só eu detalhar um ponto: quando citei a neurolinguística, quiz apontar uma tendência mundial em que todas as linhas tipo auto ajuda aonde a neurolinguístioca se enquadra está em crise (foi citado numa veja deste mes). Muita gente usa, eu já li muito a respeito, mas não está "em alta" hoje no conceito da mídia e nunca esteve nos meios acadêmicos, mas entendo válido como qualquer meio de sistematizar o ensino.

Não quero que o colega entenda que estou rebaixando ninguém por causa dela. A ciência e a academia sempre mudam suas referências com o tempo.