Autor Tópico: Vale tudo  (Lida 1939 vezes)

Offline Sakuraba

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Vale tudo
« Online: Agosto 28, 2004, 01:20:12 »
E aí gente
To falhando com este belo site, mas quero comentar algo.
Fico loco da vida de não ver nenhum karateca propagandeando a arte com participações nos torneios de vale tudo. Exceção feita a Francisco Filho, Glaube Feitosa e um outro cara que não lembro o nome. Mas ele luta judo junto.
Quem conhecia "brasilian jiujitsu" ou o próprio muai-thai antes desses troços?
Acho melhor praticar por ser eficiente em defesa pessoal e eficiente no confronto com outras artes do que por um objetivo de metal ( vocês sabem, aquele redondinho com uma fitinha em volta ).

Abração
Cuca


Coloquei esse posto do cuca com mais destaque, pq concordo com ele !Não adianta negar, quem é eficiente em combate sobe no ringue e mostra

marascas

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Vale tudo
« Resposta #1 Online: Agosto 28, 2004, 08:28:00 »
Amigo, eu acho que essa moeda tem 2 lados...
Em primeiro lugar, o karate como nós treinamos não é específico para vale-tudo....Quero dizer, karate, você pode lutar contra vários adversários para salvar sua vida. Imagina um cara de Jiu Jitsu lutando contra 3 adversários? Ela tá morto!!!
As técnicas de karate são eficientes para contato sem luvas, no vale-tudo perdemos nossa eficiência usando protetores de mão e também parece que não vale cotovelos, então não é vale-tudo...
Concordo que talvez alguém pudesse ser treinado para representar em nome da honra do karate em uma disputa dessas...Mas o que rola mesmo não é só orgulho, é muita grana... E acho que o karate é uma arte saudável que te traz benefícios físicos e mentais muito além do combate. Por isso pratico Karate OLÃMPICO, pois não gostaria de estar sempre com hematomas no corpo...hehehe Sem contar que vale-tudo não é para todos, apenas para quem realmente tem o físico preparado para isso! E o treino de Karate específico seria 8 horas diárias batendo em sacos de porrada, makiwara, lutando com sparrings, etc... Com certeza, acho que qualquer arte Marcial ganharia um vale-tudo, mas não depende são do estilo, creio que depende de treinamento direcionado para isto, específico. E estou no karate justamente por ser uma arte pacífica....claro que te entendo, também sinto vontade de ver um de nós vencendo aqueles idiotas lá...mas é uma faca de dois gumes!!!

Neto110

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Vale tudo
« Resposta #2 Online: Agosto 28, 2004, 08:49:03 »
Meu argumento segue o do colega que postou antes de mim.

Qualquer treinamento físico por desenvolver habilidades é interessante e respeitável e longe de mim querer inibir quem quer que seja nos seus propósitos, mas devemos pensar o seguinte:

a) Não é certo falar vale tudo quando existem retgras limitadoras;
b) as regras limitadoras foram colocadas favorecendo quem luta no chão;
c) são regras que permitem muita lesão física nos contendores;
d) na rua não existem regras;

Neste caso, o vale (quase) tudo tem de melhor que o karate só uma coisa a mídia. Estes meus argumentos jogados num jornal iriam fazer as massas pensar e eu ter que chamar a polícia contra um ou outro engraçadinho que só tem trogloditagem na cabeça e nenhuma civilização.

O vale (quase) tudo, na minha opinião é mais assustador que eficiente.

Assustador porque propõe a possibilidade da humilhação ao permitir que você tenha que "render-se" por sentir dor demais admitindo sua inferioridade frente a outro que não vai poupá-lo de falar o resto da vida que venceu você.

Assustador porque tem na força bruta um aliado poderoso.

E mais assustador ainda porque propõe avançar como esporte profissional (chamo de esporte profissional o tipo de esporte que para ter resultado o cara praticamente tem que morar na academia e não tem uma "vida normal", ou seja a luta é o meio e o fim de sua vida).

Neste sentido o karate é superior.

Sua ética possibilita viórias não humilhantes e dá a chance do atleta vencido manter sua autoestima.

Sua técnica permite aplicar a força que se tenha de modo eficiente.

Nua (des) organização :lol:  não comporta o profissionalismo e somos todos obrigados a nos manter em nossas vidas aplicando os pricípios que aprendemos aqui sem a possibilidade de pensarmos que poderemos um dia abandonar a vida comum para viver só vestidos de kimono.