Osu,
Segurei a criação deste tópico por muito tempo, mas acho que chegou a hora de realizar um breve desabafo pessoal sobre o Shotokan Brasileiro.
Caso tenha lido a obra Karatê-Dō Kyōhan da Editora Cultrix, certamente se surpreendeu com um prefácio à edição brasileira escrito por um Aikidoka. Estranho? Creio que não, pois Wagner Bull Sensei, crÃticas à parte, possui bagagem literária suficiente para escrever sobre qualquer tema relacionado as artes marciais japonesas.
Infelizmente Wagner Bull Sensei figurou o "estranho no ninho" quando redigiu o prefácio à edição brasileira do Karatê-Dō Kyōhan. Imaginar que ninguém do Shotokan no paÃs tenha competência para tecer uma ou duas palavrinhas sobre a obra de Funakoshi Gichin O'Sensei é decretar falência múltipla de órgãos! Prefiro pensar que a Editora Cultrix tenha escolhido um Aikidoka para prefaciar sua publicação em razão dos titulares por direito não se entenderem e, daà por diante, comprar uma briga infindável.
Contudo, se em nenhum momento a Editora Cultrix procurou os responsáveis pela difusão do Shotokan no paÃs, independentemente do utópico nÃvel hierárquico descentralizado existente, onde ninguém é detentor exclusivo de absolutamente nada, ainda mais se tratando de conhecimento, técnica, filosofia e história, caberia pressão para que se retratasse sobre o descaso com a arte marcial e seus praticantes.
Mas se ela, a Editora Cultrix, procurou alguém do Shotokan para prefaciar a edição brasileira do Karatê-Dō Kyōhan, mas por puro analfabetismo intelectual (ou mesmo formal) não se dispôs a escrever, este seria o momento ideal para banir dos anais da história qualquer incompetente que se intitulasse Sensei, mas não soubesse, ao menos o mÃnimo, sobre aquilo que pratica e ensina.
De toda forma, creio que toda comunidade do Shotokan resta imensamente agradecida ao Wagner Bull Sensei por traduzir "O Texto Mestre".
É tudo.
Osu.